PUB
Philips S9000

Banco Alimentar do Porto ajuda 60.000 pessoas

Banco Alimentar do Porto ajuda 60.000 pessoas

Os pedidos de ajuda ao Banco Alimentar do Porto aumentaram 600% desde o início da pandemia da Covid-19. A instituição apoia, neste momento, 60.000 pessoas no distrito.

“Os pedidos de ajuda têm aumentado e o perfil das pessoas que pedem ajuda também mudou radicalmente”, revelou, esta quarta-feira, à Lusa, Inês Pinto Cardoso, responsável do serviço social.

Antes da pandemia, os pedidos eram, na sua maioria, provenientes de pessoas com o Rendimento Social de Inserção (RSI) ou reformados. Agora, os pedidos que chegam ao Banco Alimentar Contra a Fome do Porto são, essencialmente, de “pessoas que perderam o emprego ou tinham contratos de trabalho precário”.

“A maioria das pessoas que pede neste momento ajuda alimentar nunca a recebeu e nunca se imaginou nesta situação”, salientou Inês Pinto Cardoso, acrescentando que algumas pessoas “sentem vergonha em pedir ajuda”.

PUBLICIDADE - CONTINUE A LEITURA A SEGUIR

Em 2019, disse a responsável, o Banco Alimentar do Porto recebeu diretamente 71 pedidos de ajuda, que foram encaminhados para as instituições sociais do distrito. Em 2020, os pedidos ultrapassaram as “mais de 500 pessoas”.

“As faixas etárias dos pedidos também se alteraram. Neste momento, estamos a receber mais pedidos de ajuda de pessoas nas faixas etárias entre os 20 e 45/50 anos”, disse a responsável, adiantando que “já há pessoas em situação limite, que não têm alimentação em casa”.

Neste momento, o Banco Alimentar Contra a Fome do Porto está a ajudar mais de 60.000 pessoas, 25.000 das quais através de cabazes alimentares e as restantes através das 300 instituições que apoia e que servem refeições sociais à população mais vulnerável como idosos, crianças vitimas de maus-tratos, jovens grávidas e vítimas de violência doméstica. Para dar resposta aos pedidos de ajuda, o Banco Alimentar do Porto tem feito um “enorme esforço diário para obter donativos e angariar as quantidades necessárias”. De acordo com a responsável, “para o mês de Fevereiro vamos precisar de cerca de 93 toneladas só de alimentos secos, como o arroz, massa, bolachas, leguminosas, conservas e leite”. 

Foram também várias as pessoas que, além da ajuda alimentar, pediram auxilio ao Banco Alimentar do Porto para fazer face a outras despesas como a luz, água, renda, áreas nas quais a instituição não consegue ajudar. “O que fazemos é sinalizar os pedidos e ficar com esses registos para informar as instituições”, esclareceu.

De referir que o Banco Alimentar Contra a Fome do Porto é composto por uma equipa de 13 funcionários e mais de 600 voluntários.

PUBLICIDADE
PUB
www.pingodoce.pt/pingodoce-institucional/revista-sabe-bem/uma-pascoa-saborosa-com-a-sabe-bem/?utm_source=vivaporto&utm_medium=banner&utm_term=banner&utm_content=0324-sabebem78&utm_campaign=sabebem