Segundo um estudo da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, até 2030, a automatização vai destruir 421 mil postos de trabalho na zona Norte do país. Nos próximos 11 anos, serão criados 227 mil empregos.
A manufatura será o setor mais ameaçado na zona Norte de Portugal: a CIP estima uma redução líquida de postos de trabalhos na próxima década em cerca de 90 mil, “onde aproximadamente metade das perdas estarão concentradas no setor de têxteis”.
A automatização fará ainda com que 234 mil trabalhadores na zona Norte (14% da força de trabalho) tenham de se requalificar entre 2020 e 2030, aponta o Notícias ao Minuto.
Segundo o documento que será apresentado esta quarta-feira no Porto na conferência ‘O Futuro do Trabalho em Portugal – O Impacto na Zona Norte’, no setor da manufatura, 65% dos trabalhadores têm baixa qualificação, 24% média e apenas 11% são altamente qualificados.
O segundo setor mais afetado pela automatização na próxima década será o comércio por grosso e a retalho, onde 47% dos trabalhadores têm baixas qualificações, 37% qualificação média e 16% elevada.
A análise regional mostra ainda que a zona Centro vai concentrar 22% dos postos de trabalho que vão ser destruídos na próxima década devido à automação, num total de 240 mil, o que criará a necessidade de requalificação de 134 mil trabalhadores.
Na zona sul, a automatização deverá destruir 54 mil postos de trabalho na próxima década e serão também criados 30 mil postos de trabalho.
De recordar que em janeiro a CIP divulgou um estudo nacional sobre o impacto da automatização no futuro do trabalho. Segundo este, a automatização em Portugal pode levar à perda de 1,1 milhões de empregos na indústria e comércio até 2030, mas criar outros tantos na saúde, assistência social, ciência, profissões técnicas e construção.
