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Associação Comercial do Porto alerta para falta de investimento no Porto de Leixões

Associação Comercial do Porto alerta para falta de investimento no Porto de Leixões

A Associação Comercial do Porto está particularmente apreensiva com o que está a acontecer no Porto de Leixões, onde, alega, tem ocorrido “uma crescente interferência do Governo nas atividades desta infraestrutura, com graves consequências para a atividade económica que esta suporta”.

“Uma das principais preocupações assenta no facto de continuar adiada a implementação do Plano Estratégico de Expansão do Porto de Leixões, impedindo, com isso, a concretização de investimentos já devidamente estudados e validados e que são absolutamente fulcrais para que este porto possa manter o serviço que tem prestado à indústria regional”, refere a Associação Comercial do Porto (ACP), em comunicado.

E continua: “Este facto é particularmente grave no que se refere à incapacidade do porto em responder à tendência de aumento de dimensões dos navios que o pretendem escalar. Só a construção de um novo terminal que aumente a capacidade do porto e seja capaz de receber navios com maiores dimensões poderá assegurar que Leixões continue a ser o porto competitivo que serve excelentemente o tecido económico em que se insere”.  

Por outro lado, a “crescente tendência de centralização das decisões no Ministério do Mar, condiciona a autonomia dos Conselhos de Administração dos portos nacionais na execução dos respetivos Planos Estratégicos de Desenvolvimento. Por essa via, o Governo está a retirar autonomia à gestão local dos portos, contrariando totalmente o princípio da descentralização”.

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A Associação Comercial do Porto reconhece ainda que “Leixões tem sido um exemplo ímpar na sua capacidade de gestão e as razões que explicam este sucesso têm como denominador comum o facto de localmente os vários intervenientes do setor terem sabido resolver os problemas que assolavam esta atividade, com competência e empenho, com planificação e consenso. Hoje, APDL, concessionários, sindicatos e trabalhadores estão unidos num projeto comum de desenvolvimento e de reforço da sua importância social”.

A ACP garante, em comunicado, que sempre acompanhou todo o processo do Porto de Leixões. “Para além de inúmeras tomadas de posição públicas sobre estas matérias, a ACP desenvolveu, em junho de 2016, o estudo ‘Terminais Portuários e Infraestruturas Logísticas em Portugal’ (o documento pode ser consultado em https://cciporto.com/downloads/acp_terminaisportuarios.pdf). Este estudo, que foi oportunamente enviado às autoridades tutelares do setor, não mereceu, até ao momento, qualquer resposta ou comentário”, revela a instituição.

De referir também que a Associação Comercial do Porto integra a Comunidade Portuária do Porto de Leixões. “É, portanto, com conhecimento de causa que acompanha a história de sucesso que, nas últimas décadas, transformou o Porto de Leixões num grande motor do desenvolvimento regional, com taxas de crescimento, produtividade e rentabilidade únicas no panorama nacional, que o colocam a par dos melhores portos europeus de média dimensão e que, por isso, tão bem tem servido a indústria e a capacidade exportadora da região Norte”, revela a ACP.

“A ambição do Porto de Leixões não é compatível com uma gestão centralizada, que impeça esta infraestrutura de traçar as suas próprias metas a médio e longo prazo e de responder, com os necessários graus de liberdade, às exigências do mercado, como o tem feito até aqui e de forma exemplar”, conclui a Associação Comercial do Porto.

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