A Assembleia Municipal do Porto vai discutir esta segunda-feira a possível gestão do Silo Auto pela empresa Porto Lazer, que a CDU considera “um disparate”. O PSD, por sua vez, defende que o objetivo da proposta é o de “manter uma empresa artificialmente, injetando atividades para a viabilizar”.
“Temos algumas dúvidas sobre se a Porto Lazer [empresa municipal] tem de existir, até porque quer Matosinhos quer Gaia acabaram com este tipo de empresas. Podia ser a câmara a gerir esses serviços”, sustentou o líder da bancada municipal social-democrata, Luís Artur, à agência Lusa, acrescentando que a proposta não contará, “de certeza absoluta”, com os seus votos favoráveis. A ideia será apoiada pelo grupo municipal do PS e pelo do Porto, O Nosso Partido, afeto ao presidente da câmara, Rui Moreira, segundo informaram à Lusa os seus líderes, Gustavo Pimenta e André Noronha, respetivamente. De acordo com o documento, a Porto Lazer “tem por objeto social assegurar a prestação de um serviço público no domínio da atividade física e desportiva, do lazer e de outras atividades de animação da cidade”. O executivo liderado pelo independente Rui Moreira pretende que ela desenvolva também atividades económicas, “nomeadamente as que sejam determinadas pelos espaços e equipamentos que estejam sob a sua gestão”. Um desses espaços é o Silo Auto, um grande aparcamento automóvel que a câmara concessionou a um privado e que vai receber de volta em junho. Para a autarquia, o Silo Auto pode contribuir para a “dinâmica de animação” portuense, especialmente pela sua “localização na Baixa da cidade”, zona onde a empresa municipal tem “promovido e organizado diversos eventos” e que possui valor estratégico para o turismo e o comércio.
