
Em relação ao valor médio dos orçamentos traçados nos mandatos autárquicos de Rui Rio, a quantia avançada para 2013 representa uma redução “superior a 30 milhões de euros”, sendo inferior em 14,6 milhões de euros ao orçamento deste ano. Apesar de prever uma queda generalizada nas receitas habituais, o presidente da câmara do Porto salientou que a dívida bancária, que anda pelos 100 milhões de euros, deverá cair 6,3 milhões de euros em 2013. Questionado sobre o número de candidaturas que o executivo apresentou aos fundos europeus, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o PS referiu que “a câmara quase não apresentou candidaturas e, mesmo assim, acabou por desistir de algumas delas”, nomeadamente do “novo Centro de Congressos” junto ao Palácio de Cristal e da reconversão da estrada da Circunvalação. Segundo afirmou o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro, “o Porto não beneficiou quase nada do QREN 2007-2013″, aspeto que se traduziu numa “grave perda para a cidade”.
Por sua vez, a CDU defendeu que o orçamento revela uma “excessiva prudência”, não respondendo “às necessidades efetivas da cidade e dos portuense, num contexto de crise económica e social, que afeta de forma mais gravosa a cidade do Porto, tendo como faces visíveis e o alastramento da mancha de pobreza e do desemprego”. Em resposta às críticas lançadas, o PSD apontou que a gestão autárquica de Rui Rio foi pautada por uma “enorme coerência, coragem quando foi preciso e verdade”, e não por meros interesses eleitorais.