Aprovado por maioria, com 30 votos a favor, seis contra e nove abstenções, o orçamento da câmara cresce 17,9% face a este ano em cerca de 37 milhões de euros.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, referiu que este orçamento aposta na qualidade de vida das pessoas e aumenta o investimento.
“Demonstra a exigência de ter uma autarquia gerida com honestidade e com contas à moda do Porto”, acrescentou o autarca.
No entanto, estes argumentos não convenceram o Bloco de Esquerda, que votou contra por considerar que o orçamento não enfrenta os problemas dos cidadãos e não lhes dá respostas adequadas.
O deputado bloquista José Castro saudou o facto do executivo municipal ter acolhido algumas propostas do partido, mas frisou que, mesmo assim, o orçamento não reflete uma “viragem”.
Um dos maiores problemas do Porto é a falta de habitação social, sendo uma “emergência” construir novas casas, considerou.
José Castro lembrou que nos últimos anos foram “destruídas” mais de mil habitações sociais.
O deputado Honório Novo, da CDU, referiu que não há “rigor e clareza” nas despesas, acusando Rui Moreira de “fazer disparar” em ano eleitoral o orçamento.
Honório Novo considerou que o executivo de Rui Moreira passou este mandato a lançar e a apresentar projetos e obras, mas nenhuma foi concretizada.
“Este seria um bom orçamento para o início de um mandato”, disse ainda o social-democrata Luís Artur.
O orçamento é o retrato da recuperação do investimento que não se fez nos últimos três anos, afirmou, realçando haver “aqui” muita reposição do orçamento de 2016.
Quanto aos investimentos anunciados e ainda não realizados, o autarca explicou que alguns não andaram ao ritmo que queria por problemas que foram surgindo.
