Ainda não é conhecida a data em que será implementado na Área Metropolitana do Porto o passe família, que estabelece um preço de 80 euros para todos os elementos de um agregado familiar que vivam na mesma casa.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Área Metropolitana do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, não se compromete com uma data para avançar com o passe família.
“Não me quero comprometer com uma data, porque temos que negociar […] com as Finanças e, como se sabe, há hoje um regulamento de protecção de dados que não é propriamente muito amistoso deste tipo de questões. Seria muito mau se eu estivesse aqui já a assumir um compromisso que depois, por razões de relações institucionais, pode não ser possível”, afirmou o também autarca de Vila Nova de Gaia, citado pelo jornal Público.
Em causa está um “problema técnico fiscal” que se prende com a necessidade de garantir que não há “margem para fraude”, apontou Eduardo Vítor Rodrigues, acrescentando que talvez seja possível avançar com a medida em julho, tal como previsto em Lisboa.
“As medidas são todas elas muito boas se puderem ser olhadas como medidas justas. Nós estamos a trabalhar em conjunto com a Área Metropolitana de Lisboa, que definiu como critério a declaração de rendimentos, o que me parece bem. É um assunto que está a ser estudado e havendo condições objetivas para isso avançará”, justificou.
De recordar que, com o passe família, todos os elementos de um agregado familiar que vivam na mesma casa têm acesso ao passe único por um preço fixo de 80 euros, correspondente ao valor de dois títulos mensais.
Tendo em conta os títulos agora disponíveis, Eduardo Vítor Rodrigues considera que o impacto do adiamento da entrada em vigor desta medida não será muito significativo.
“Sem querer desvalorizar o passe família, também é verdade que, depois de termos um passe único de 30 ou de 40 euros, depois de termos o sub12, o passe escolar para os alunos intermédios e o passe social para os idosos, o passe família transforma-se num passe suplementar ou de suplementar importância para os agregados”, declarou à Lusa.
De recordar que a Área Metropolitana do Porto avança, a 1 de abril, apenas com o passe municipal de 30 euros, para viagens dentro do concelho ou até 3 zonas contíguas, e o metropolitano de 40 euros, sendo que o mesmo só estará disponível nos operadores já integrados no sistema intermodal Andante.
O passe sub12 na Área Metropolitana do Porto entrará em vigor somente em setembro, no início do ano letivo.
