Já o plano do PS, que recomendava ao Governo a abertura urgente do Centro de Reabilitação do Norte, pronto desde o verão de 2012, foi aprovado por unanimidade.
Também aprovado (com votos a favor do PSD, CDS e PS e contra do PCP, BE e PEV) foi o projeto do CDS-PP, pela abertura e definição do modelo de gestão do CRN. O PCP viu rejeitada (com os votos contra do PSD e CDS-PP e a favor do PS, PCP, BE, PEV) a sua proposta pela “urgente abertura” do CRN, tal como o BE viu chumbada (com votos contra de PSD e CDS-PP e a favor do PS, PCP, BE, PEV) a sua recomendação para “abertura urgente” do centro, integrado no Serviço Nacional de Saúde.
A obra do novo CRN, localizada em Valadares, Vila Nova de Gaia, foi lançada em junho de 2010 pela então ministra da Saúde, Ana Jorge, para quem este espaço iria preencher “uma lacuna” no âmbito da reabilitação em internamento e intervenção terapêutica na região.
A empreitada apresentava na altura um custo previsto de cerca de 32 milhões de euros e deveria estar concluída em “22 a 24 meses”.
O CRN está pronto desde julho do ano passado, mas ainda mantém as portas fechadas. Em janeiro, a Misericórdia do Porto disse ter “disponibilidade” para assumir o equipamento, depois de em junho de 2012 o ministro da Saúde, Paulo Macedo, ter avisado que aquela valência só abriria quando tivesse “claramente assegurada a sua viabilidade económico-financeira”. O candidato do PS à Câmara do Porto, e ex-secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, chegou mesmo a lançar, em março deste ano, uma petição pública reclamando ao Governo a “abertura imediata” do centro. Alguns dias depois, Paulo Macedo assegurou que o CRN abriria “até ao final do ano”, depois de decidido o modelo de gestão do equipamento, que estava ainda a “ser estudado” pela Administração Regional de Saúde do Norte. O CRN é uma unidade que visa beneficiar os utentes portadores de deficiências, incapacidades e limitações, de programas de reabilitação validados cientificamente.
