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Angola anuncia fim da parceria estratégica com Portugal

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“Só com Portugal, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político atual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada”, afirmou o presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, anunciou esta terça-feira, em Luanda, o fim da parceria estratégica com Portugal, durante o discurso sobre o estado da Nação, na Assembleia Nacional de Angola. “Só com Portugal, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político atual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada”, afirmou. As declarações do governante surgem a poucos meses da data da primeira cimeira bilateral, agendada para fevereiro de 2014, cuja realização foi anunciada em fevereiro passado pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas.
De referir que, na sexta-feira, depois de um encontro com o chefe da diplomacia angolana, Georges Chicoti, em Luanda, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português, Luís Campos Ferreira, anunciou que a primeira cimeira Portugal-Angola se vai realizar nos primeiros dias de fevereiro do próximo ano. “Estamos a trabalhar em diversos acordos, nas áreas da economia, segurança social, cultura, cooperação em geral”, informou o responsável, acrescentando que a visita realizada decorreu, “como não podia deixar de ser, num ambiente muito positivo, num ambiente muito fraterno e num ambiente de grande respeito mútuo entre os dois países”. “Não é necessário apaziguar os ânimos [entre os dois países], nem é o caso”, considerou, na altura, o secretário de Estado. Aliás, Luís Campos Ferreira defendeu ainda que o assunto da entrevista que o chefe da diplomacia portuguesa, Rui Machete, deu à Rádio Nacional de Angola estava já “esclarecido”.
De sublinhar que a visita do responsável português coincidiu com um momento de particular tensão nas relações luso angolanas, que envolve o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete. No início deste mês, o Diário de Notícias avançou que Machete pediu desculpa a Luanda por investigações do Ministério Público português a empresários angolanos. O governante terá também dito à Rádio Nacional de Angola (RNA) que as investigações não eram mais do que burocracias e formulários referentes a negócios de figuras do regime angolano em Portugal.
Dias antes da visita de Campos Ferreira a Luanda, o procurador-geral angolano tinha sublinhado “algumas situações incaracterísticas” da parte de Portugal em relação a Angola, na área da Justiça, destacando a violação do segredo de Justiça. “Pensamos que os problemas de Portugal são de Portugal, pelo que acho que não devo colocar a foice em seara alheia. Mas não há dúvidas que, relativamente a Angola, tem havido situações que nós achamos incaracterísticas”, admitiu.

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