O Passe Família ainda não tem data para entrar em vigor na Área Metropolitana do Porto (AMP), uma vez que se mantêm os “constrangimentos técnicos” que não permitem acautelar situações de “fraude”.
À agência Lusa, a AMP disse esta terça-feira que não há ainda “elementos disponíveis para prestar a informação solicitada”, nomeadamente a data prevista para a entrada em vigor do Passe Família, uma vez que se mantêm os “constrangimentos técnicos” enunciados anteriormente.
De recordar que em março, o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, acreditava que seria possível que este título pudesse estar disponível em julho, aquando da entrada em vigor desta medida em Lisboa, mas não se comprometia com uma data em concreto.
“Não me quero comprometer com uma data, porque temos de negociar […] com as finanças e, como se sabe, há hoje um regulamento de proteção de dados que não é propriamente muito amistoso deste tipo de questões. Seria muito mau se eu estivesse aqui já a assumir um compromisso que depois por razões de relações institucionais pode não ser possível”, afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, à data, em entrevista à Lusa, citada pelo Sapo 24.
Segundo o responsável, em causa estava um “problema técnico fiscal” que se prende com a necessidade de garantir que não há “margem para fraude”.
“As medidas são todas elas muito boas se puderem ser olhadas como medidas justas. Nós estamos a trabalhar em conjunto com a Área Metropolitana de Lisboa que definiu como critério a declaração de rendimentos, o que me parece bem. É um assunto que está a ser estudado e havendo condições objetivas para isso, avançará”, explicou.
O “passe família” permite que todos os elementos de um agregado familiar que vivam na mesma casa tenham acesso ao passe único por um preço fixo de 80 euros, correspondente ao valor de 2 títulos mensais.
Em Lisboa, o passe “Navegante Família” já pode ser requerido desde segunda-feira.
De recordar que os preços dos transportes públicos dos utentes das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa baixaram a 1 de abril, no âmbito do Programa de Redução Tarifária, uma medida que visa reduzir o uso do transporte individual.
No Porto, foi criado um passe municipal de 30 euros, para viagens dentro do concelho ou até 3 zonas contíguas, e um metropolitano de 40 euros, que permite viajar em todos os 17 concelhos da AMP, integrados no sistema intermodal Andante.