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Alunos do ICBAS treinam em doentes virtuais

Alunos do ICBAS treinam em doentes virtuais

Alunos e médicos do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS) e do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP) podem agora treinar as práticas clínicas em doentes virtuais, num projeto que adapta o ensino às contingências da pandemia.

Com o propósito de complementar a formação dos estudantes nas várias áreas da Medicina, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e o Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), adquiriram recentemente 25 mesas de simulação.

“Body Interact”, assim se designa a plataforma digital de doentes virtuais que permite, nas diferentes especialidades médicas, simular de uma forma realista e ensinar entrevista clínica, exame físico, avaliação diagnóstica e gestão do doente. “Por outro lado, permite expor os futuros médicos a vários contextos e diferentes níveis de complexidade, garantindo uma aprendizagem adaptativa e evolutiva”, salienta o portal da U.Porto.

“A disponibilidade de uma grande variedade de casos clínicos possibilita igualmente um ensino estruturado, organizado e não dependente da oportunidade do doente real internado num dado momento, capacitando os estudantes de medicina para a abordagem de cenários menos frequentes e em ambiente isento de risco”, acrescenta.

Trata-se de uma plataforma “muito intuitiva” e “realista”, para além de que transmite “confiança” na aprendizagem. Os estudantes terão acesso à plataforma através dos seus telefones e tablets, pelo que poderão aceder a um determinado cenário e treiná-lo em casa.

Esta ferramenta torna-se ainda mais importante num momento em que os alunos estão com acesso condicionado ao hospital.

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“Neste momento existem constrangimentos no acesso dos alunos e ao contacto com os doentes [devido à covid-19] e, assim, têm oportunidade de, antes de passar ao doente, passar pela simulação. Adequamos o ensino aos tempos atuais, mas isto é algo para ficar”, disse o presidente do conselho de administração do CHUP, Paulo Barbosa.

“Já o fazíamos com outro tipo de técnicas e outro tipo de simuladores, mas este é um passo em frente. Ninguém pensa em meter-se num avião, sem que o piloto antes não tenha feito simulação”, acrescentou.

Para o diretor do ICBAS, Henrique Cyrne Carvalho, “este é um acréscimo ao modelo formativo que nesta fase é particularmente importante porque as condições do ensino e da aprendizagem se modificaram”. “O resultado não é sempre o sucesso. Se for mal orientado, vai ser o insucesso, mas insucesso em simulação é formativo”, acrescentou.

Além dos estudantes dos 3.º, 4.º, 5.º e 6.º anos do ICBAS, também médicos em formação ou especialistas do CHUP que queiram treinar novas técnicas terão acesso às mesas de simulação.

De referir que o CHUP é o primeiro hospital central universitário do país a dispor deste equipamento em todas as áreas clínicas.

Foto: DR

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