Os rapazes que frequentam o ensino secundário ocupam cerca de nove horas por semana a jogar em dispositivos móveis. A conclusão é de um estudo desenvolvido pela Universidade de Coimbra (UC), que visa criar “novas ferramentas de ensino”. De acordo com os primeiros dados da investigação “Dos jogos às atividades interativas para mobile-learning”, efetuada na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCE) da UC, o tempo despendido por alunos (do sexo masculino) do ensino secundário a jogar em dispositivos móveis é de “8,9 horas, em média, por semana”. Segundos informações avançadas por aquela universidade, os estudantes mais novos (dos segundo e terceiro ciclos do ensino básico) preferem “jogos com elevado nível de violência e bastante desadequados à idade, nomeadamente jogos classificados para maiores de 18 anos”, como, por exemplo, Grand Theft Auto (GTA), Counter Strike (CS) e Call of Duty. Por sua vez, os estudantes do ensino superior privilegiam “jogos simples e rápidos, tipo puzzle e arcada”, como Candy Crush Saga, Angry Birds, Bubbles e Flow.
Financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, a pesquisa, que envolve oito investigadores, vai agora “focar-se na arquitetura e posterior desenvolvimento de atividades interativas para dispositivos móveis com aplicação em contexto formal de aprendizagem”.
