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Alunos do Grande Porto mostram intolerância ao bullying

Alunos do Grande Porto mostram intolerância ao bullying

Um projeto que envolveu 600 alunos do 6.º ao 12.º ano de cinco escolas do Grande Porto, denominado “Beija-Flor 5.0”, concluiu que a a maioria revela intolerância à violência doméstica no namoro e ao bullying”, disse hoje à Lusa a presidente da associação promotora.

O estudo decorreu ao longo do último ano aletivo e os resultados demonstram que os “objetivos estabelecidos têm sido cumpridos, quer pela observação direta das mudanças nas atitudes dos/as participantes, muitas vezes referenciado pelos/as próprios/as /as alunos/as pelos próprios/as, pelos/as docentes ou pais/mães dos/as alunos/as ao longo do ano letivo, quer pelas mudanças estatísticas verificadas nas suas crenças”.

Carla Branco, da Associação Democrática de Defesa dos Interesses e da Igualdade das Mulheres (ADDIM), refere que “após a participação no projeto [envolvendo algumas turmas de continuidade, dois, três e quatro anos], os/as alunos identificam-se mais com crenças relativas à igualdade de género, tornaram-se mais intolerantes a crenças e a comportamentos legitimadores de violência doméstica e/ou no namoro e também de bullying”.

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“No final da participação no projeto, 92% dos/as alunos/as intervencionados é favorável a crenças de igualdade de género (contra os 71% inicialmente), 96% dos/as alunos é intolerante a crenças legitimadoras da violência doméstica e/ou no namoro (91% inicialmente), 88% dos/as alunos é intolerante a crenças legitimadoras do bullying (84% inicialmente) e 94% dos/as alunos/as revela concordância com afirmações que traduzem um relacionamento interpessoal ajustado e boas capacidades de inteligência emocional (90% inicialmente)”, frisa.

Para a responsável da ADDIM, apesar dos números positivos, o estudo traz à evidência um problema que Carla idetifica referindo que de “todas as iniciativas e programas escolares de combate ao bullying”, surgem “com persistência comportamentos violentos entre pares”, e continua “inclusive, alunos e alunas que durante as aulas do projeto Beija-Flor demonstraram-se manifestamente contra o bullying, num contexto fora da sala de aula, por vezes, praticam estes comportamentos e “gozam” com colegas, não tendo a noção de que os comportamentos que estão a realizar se inserem categorialmente na definição de bullying”, relatou.

“Com esta campanha pretendemos alertar os/as jovens para os riscos do mundo digital, mas também sensibiliza-los/as para o mundo real, para os afetos e a riqueza sensorial do/a outro/a, de um abraço”, assinalou Carla Branco.

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