O quatro trimestre de 2020 assinalou “novas quedas” em todos os indicadores do Alojamento Local (AL) no Porto e em Lisboa, com a taxa média de ocupação a cair dos 22% para 11% na Invicta e dos 17% para 10% na capital. A informação foi avançada pela Confidencial Imobiliário, com base nos resultados do SIR-Alojamento Local.
De acordo com os dados, o RevPAR (rendimento por quarto disponível), nas duas cidades, contraiu para sete euros entre setembro e dezembro.
“Tais valores apresentam uma queda vincada face ao 3º trimestre, o qual havia sido o período de melhor desempenho durante a pandemia, embora mantendo indicadores frágeis”, lê-se no comunicado divulgado, que recorda ainda que, no que respeita ao RevPAR, este indicador tinha recuperado para 16 euros no Porto e 14 euros em Lisboa, no terceiro trimestre, depois de, no segundo, ter atingido mínimos de seis euros.
Se a análise for feita em termos homólogos, e tendo em conta o quarto trimestre de 2019, o declive é “ainda mais acentuado”. “Nesse período, o AL no Porto registava uma ocupação média de 50% e um RevPAR de 35 euros. Em Lisboa, tais indicadores eram de 55% e 44 euros, respetivamente”.
No que respeita ao ao número de noites vendidas, o quarto trimestre de 2020 constitui-se mesmo como “o período de menor atividade do ano”, com cerca de 19.655 noites vendidas no Porto e 19.250 em Lisboa. Em ambos os casos, a queda face ao trimestre anterior é de cerca de 60%, sublinha a nota divulgada.
O volume de negócios caiu igualmente mais de 60%, ao atingir 1,21 milhões de euros no Porto e 1,42 milhões de euros em Lisboa. De acordo com a Confidencial Imobiliário, no Porto, quer as noites vendidas quer o volume de negócios representam agora 12% dos níveis e indicadores do período homólogo, enquanto em Lisboa o rácio é de cerca de 8% em ambos os indicadores.
A diária média pedida para os AL em oferta atingiu os 62 euros no Porto e os 74 euros em Lisboa, no quarto trimestre de 2020. No mesmo período de 2019, tais valores eram, respetivamente, de 69 e 81 euros.