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Alma de Coimbra

Alma de Coimbra
Alma de Coimbra leva fado à Maia

Para encerrar o Ciclo de Fado, no próximo dia 28, sábado, o grupo Alma de Coimbra vai dar um concerto no Fórum da cidade da Maia, com um reportório que terá essencialmente fados com arranjos únicos, mas também outros temas que marcam o mundo lusófono e são conhecidos do grande público.

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Desde a sua criação, em 2006, que o Alma de Coimbra, formado por um coro e por um grupo de guitarras, se tem restringido a tocar e cantar temas da lusofonia, mantendo assim aquilo que consideram uma missão de propagar e difundir a língua e cultura portuguesa.
Assim será o concerto no Fórum da Maia, que estará dividido em duas partes.
A primeira será marcada, maioritariamente, por um reportório com fados, muitos deles de Amália Rodrigues, mas com um arranjo do maestro do grupo de antigos estudantes, Augusto Mesquita.
almadecoimbra2A segunda parte terá sobretudo outras músicas, que não fados, do mundo da língua portuguesa, também estas com um arranjo especial do maestro. O tema de Cesária Évora, “Saudade”, é um dos exemplos, que contempla o conjunto de outras sonoridades de outros artistas de países lusófonos como o Brasil, Angola ou Moçambique.
De acordo com Manuel Sobral Torres, um dos fundadores do grupo e autor do nome Alma de Coimbra, o público pode esperar um concerto cantado com alma, que é, afinal, o que próprio nome Alma de Coimbra diz.
Para o fundador, “a principal vantagem deste concerto é que todos os temas que vamos apresentar são arranjos originais, feitos pelo maestro que conhece o grupo, as vozes do coro masculino e as tonalidades de cada um dos elementos. E que tem um bom gosto incrível”, afirma.
O grupo tem no seu reportório mais de duas dezenas de fados de Coimbra e, também, de Lisboa, com cerca de dez fados de Amália.
No concerto no Fórum, temas como “Ó gente da minha Terra”, “Lágrima” ou “Fado de cada um” são exemplos do que vai ser apresentado pelo grupo, composto na sua maioria por antigos estudantes de Coimbra e que estão agora espalhados pelo país.
Para Manuel Sobral Torres, coralista no grupo, “ora de Coimbra, ora de Lisboa, o fado é para nós [Alma de Coimbra] fado, e não só é intemporal, como não tem limites ou fronteiras. É uma forma de expressão.”
Desta forma, o coralista explica o porquê de o grupo pegar noutros temas para além de fados e adaptá-los. Afinal está tudo centrado em como se expressa e no sentimentalismo que se insere nas interpretações.
almadecoimbraSendo assim, temas como o de António Calvário, “E Depois do Adeus”, a canção popular dos Açores, “Chamateia”, ou “Menina dos Olhos Tristes”, de José Afonso, vão ser apresentados ao público, com os arranjos do maestro.
Instrumentos como o piano e o contrabaixo são o suporte de todas as peças interpretadas, mas os trompetes e violinos também estão em alguns temas que o grupo adaptou.
Para Manuel Sobral Torres, “o coro do Alma de Coimbra é diferente do que os que se vêem habitualmente, primeiro porque é composto apenas por vozes masculinas e, depois, porque nós fazemos arranjos que nunca ninguém se lembrou de fazer”.
O fundador afirma, também, que muitos dos temas populares portugueses são refrescados pelo grupo, o que faz com que as pessoas gostem e mudem de opinião em relação a este género musical.
O grupo, que ensaia uma vez por semana quando há disponibilidade por parte dos elementos, é agora composto por quatro gerações de músicos e já passou por vários países do mundo.
Os bilhetes para o concerto na Maia terão um preço de 7,50 euros.

Texto: Raquel Andrade Bastos

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