A Alfândega do Porto gerou 1,073 milhões de euros em 2018, o melhor resultado líquido de sempre, mais do que duplicando os 515 mil euros obtidos no ano anterior.
“A Alfândega do Porto registou, em 2018, o melhor resultado líquido de todos os tempos, ultrapassando a fasquia de um milhão de euros, beneficiando da qualidade das exposições internacionais apresentadas, mas também pela grande procura dos espaços para efeitos de congressos, seminários e outras reuniões empresariais”, explica em comunicado Mário Ferreira, presidente da associação para o Museu dos Transportes e Comunicações, entidade responsável pela gestão da Alfândega do Porto.
Também as receitas da Alfândega do Porto registaram um aumento assinalável em 2018, para 2,9 milhões de euros, contra dois milhões no ano anterior, “consequência de uma gestão atenta do novo conselho de administração, que tem reinvestido os resultados obtidos na manutenção, preservação e melhorias do gigantesco edifício com mais de 36 mil metros quadrados”, refere a nota da instituição, citada pelo Jornal de Negócios.
A comemorar 150 anos de existência, a Alfândega do Porto acolhe um espaço museológico e um centro de congressos e é presidida há três anos pelo dono do grupo Douro Azul, Mário Ferreira.
As previsões para 2019 apontam para “a manutenção dos excelentes resultados financeiros”, tendo registado no primeiro trimestre um lucro de 308 mil euros, devido à “ocupação plena na área dos congressos e incentivos, e, pela primeira vez na história da Alfandega, a apresentação de três exposições internacionais de grande qualidade ao mesmo tempo”, salienta a Alfândega do Porto.
Atualmente, a Alfândega do Porto acolhe três exposições – “Escher”; “Banksy”, produzida por Banksy’s Dismaland and Others – by Barry Cawston; e “Corpo Humano – a Ciência da Vida”, que já atraíram ao espaço 59.577 visitantes, das quais 35% estrangeiros, sendo que 18.715 foram visitas de crianças e escolas.
O edifício da Alfândega foi construído no século XIX, segundo projeto do francês Jean F.G. Colson.
Segundo a Direção Geral do Património Cultural (DGPC), trata-se de “um edifício de tipologia neoclássica, construído no âmbito da linha anglo-palladiana iniciada com o Hospital de Santo António e que se prolongou significativamente pelo século XIX”.
Apresenta duas fachadas, uma virada para o Douro e outra para a cidade. Foi inaugurado em 1869.
Em 1987, o Governo de então decidiu que a Alfândega do Porto iria acolher o Museu dos Transportes e Comunicações, pelo que foram iniciadas obras de restauro, com o edifício a ser adaptado à nova vertente, de acordo com um projeto do arquiteto Souto de Moura.
