“Tem-se pedido que se cumpra o auto de cessão que nos deu até 2025 aquele espaço” mas a entrega dos 1.600 metros quadrados em causa “vai sendo adiada, procrastinada”, afirmou Carlos Brito, presidente do Conselho de Administração (CA) do Centro de Congressos da Alfândega do Porto, edifício cedido em 1999 pelo Ministério das Finanças para servir de sede da Associação para o Museu dos Transportes e Comunicações.
À margem de um debate sobre cidades, que decorreu quarta-feira na Universidade Portucalense no Porto, Carlos Brito afirmou que, com a desocupação dos 1.600 metros quadrados ocupados pelo Estado, e que “impedem a gestão global e coerente do espaço”, seria possível tornar o centro de congressos “mais capaz e mais apto” e aumentar de 9,5 milhões de euros para 14 milhões em remunerações.
O responsável recordou que o presidente da câmara do Porto já se disponibilizou para arranjar espaço alternativo.
Um estudo da Porto Business School concluiu que a taxa de ocupação do centro de congressos está dentro da média mas apresenta margem de crescimento, já que tem espaços ocupados pelo Estado que poderiam reforçar a capacidade do centro de congressos.
Questionado sobre a proposta de articular Centro de Congressos da Alfândega do Porto com o Pavilhão Rosa Mota e Palácio da Bolsa, apresentada no final de março em assembleia-geral aos associados, Carlos Brito garantiu que o mesmo plano “não foi apresentado à Câmara do Porto”, já que o plano só será levado à autarquia “quando o conselho geral tiver posição”.
