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“Alerta São João”: Pulseiras previnem fuga de doentes do hospital

“Alerta São João”: Pulseiras previnem fuga de doentes do hospital

Com o objetivo de proteger os doentes que apresentem risco de fuga, o Hospital de São João, no Porto, está a testar uma pulseira ergonómica que emite sinais luminosos e sonoros de alerta.

 “Alerta São João”, assim se intitula o projeto que “não visa prender ninguém” mas “proteger os doentes que podem colocar em risco a sua integridade física” por insistirem em sair do espaço do Serviço de Urgência durante o período de tratamento, explicou à Lusa Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Hospital de São João.

“Na triagem, ou em qualquer momento, se identificado o risco [de fuga] é colocada uma pulseira ergonómica que fica no punho do doente e o acompanha em todo o percurso”, apontou o responsável, salientando que o sistema é explicado ao acompanhante do utente no processo de triagem.

A pulseira é colocada em doentes com quadros demenciais ou naqueles em que existam dúvidas quanto a eventual risco de fuga ou com incapacidade de perceber a real necessidade de intervenção clínica de urgência.

Também os doentes conduzidos por agentes da autoridade, com mandado de condução para internamento compulsivo, pessoas identificadas após tentativas de suicídio e doentes agitados ou com quadros de alteração comportamental de características psicóticas recebem a pulseira “Alerta São João”.

Além da colocação da pulseira, o projeto contempla ainda a instalação de sensores magnéticos junto às portas do Serviço de Urgência que disparam sinais sonoros e luminosos se o doente identificado se aproximar de forma indevida.

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“Os nossos vigilantes reconhecem os sinais e conduzem à pessoa ao espaço onde deve estar”, disse Nelson Pereira, acrescentando que o problema, “identificado no passado”, se tornou mais visível com a impossibilidade dos acompanhantes permanecerem o tempo todo com o doente devido a regras associadas à pandemia da Covid-19.

Apesar de não ter sido “registado um aumento de situações”, esta “solução tecnológica e organizativa permite lidar melhor com o dia a dia”, disse o médico.

“Para os familiares é uma forma de estarem mais seguros e tranquilos”, salientou a diretora do Serviço de Urgência, Cristina Marujo, referindo que “uma das maiores angústias” que os acompanhantes demonstram “é deixar doentes demenciados no serviço”, receando que os mesmos “não saibam explicar e/ou depois que desapareçam sem ninguém dar conta”.

A pulseira é removida por alta do doente ou por razões clínicas para a não utilização.

As braceletes, inspiradas no sistema dos serviços de neonatologia em que os bebés são protegidos por risco de rapto, são cortadas após cada uso e o dispositivo higienizado.

Segundo adianta a agência Lusa, no total foram adquiridos 50 dispositivos eletrónicos.

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