O antigo vice-presidente dos Estados Unidos e Prémio Nobel da Paz, Al Gore, encerrou esta quinta-feira a conferência “Climate Change Leadership”, onde falou sobre o “Porto Protocol – um caso de otimismo nas alterações climáticas”.
De acordo com informação avançada pela Rádio Nova, Al Gore defendeu que combater as alterações climáticas “é escolher o que está certo”, desafiando todos a assumirem que o futuro da humanidade depende da “coragem” para preservar o clima “agora”.
“O fim do ‘apartheid’, da discriminação, do racismo – todos estes grandes movimentos enfrentaram vários nãos até alguém dizer que se trata de uma escolha entre o certo e o errado. [Em relação ao clima] Temos de escolher o que está certo. Temos de reconhecer que a verdade do futuro que vai ser enfrentado pelos nossos filhos e netos depende do que tivermos agora a coragem de fazer. Queremos deixar a Terra como um caixote do lixo ou ouvir os cientistas e fazer algo?”, questionou durante a sua intervenção.
O antigo vice-presidente dos Estados Unidos mostrou alguns vídeos que apresentavam “cenários apocalípticos” de cheias, chuvas intensas, secas extremas ou dias de calor fora do vulgar, e, de seguida, apelou para que não se deixassem transformar aquelas imagens “no novo normal”.
Al Gore sublinhou estarem a ser dados “passos positivos”, em todo o mundo, para que se combatesse as mudanças climáticas, no entanto alertou que “as grandes mudanças só vão acontecer” quando “os governos deixarem de subsidiar a produção de energias fósseis”, segundo destaca, ainda, a Rádio Nova.
Sobre como inverter este cenário, o Nobel da Paz apelou, principalmente, ao ativismo: “Não podemos depender de mudanças individuais. As grandes mudanças só vão acontecer quando mudarmos as políticas. Estamos num momento invulgar de atividade política a uma escala revolucionária”.
