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Afinal de contas, porque é que festejamos o Halloween?

Afinal de contas, porque é que festejamos o Halloween?

Não é de agora que o Halloween é um grande acontecimento. Seja nas escolas, ou até mesmo nas ruas, trata-se de uma festividade que ganha cada vez mais importância no calendário de celebrações dos portugueses. Mas qual é a história por detrás desta festa assustadora e por que motivo passou a ser tão popular em Portugal?

O Halloween, originalmente conhecido como “Samhain”, tem as suas raízes nas antigas tradições celtas da Irlanda e da Escócia. Celebrado a 31 de outubro, marcava o fim do verão e o início do inverno, um momento em que se acreditava que os véus entre o mundo dos vivos e dos mortos se tornavam mais finos, permitindo que espíritos e criaturas sobrenaturais sobrevoassem livremente pela Terra.

No entanto, ao longo dos séculos, o Halloween evoluiu. A influência da Igreja Católica introduziu o Dia de Todos os Santos a 1 de novembro, o que levou a uma fusão das tradições pagãs com elementos cristãos. Este processo resultou na festa que hoje conhecemos, com abóboras esculpidas, fantasias assustadoras e a tradição de “doçura ou travessura”.

Ainda assim, há uma questão que se coloca que é: se o Halloween remonta a tradições celtas, qual é o motivo para o associarmos, frequentemente, aos Estados Unidos da América? Ora bem, tal acontece, na medida em que, a partir de meados do século XIX, começou a haver bastante migração irlandesa, o que acabou por levar o culto do Halloween para os Estados Unidos.

Posto isto, possivelmente, questionar-se-ão: como é que o Halloween só ganhou força no século XIX, se a colonização britânica nos Estados Unidos teve início no século XVII? 

Desde já, é uma questão pertinente, no entanto, a resposta é bastante fácil! Na altura, ao que a história nos conta, a grande maioria daqueles que se tinham mudado para terras norte-americanas eram contra qualquer tipo de comemoração de Halloween. Tal acontece devido aos ideais puritanistas, que imperavam, na época. Assim, celebrações como a do Dia das Bruxas, tal como o conhecemos hoje, eram desconsideradas.

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Hoje em dia, a história é muito diferente. Algumas tradições ficaram do passado, outras foram sendo adicionadas, mas a verdade é que o Halloween está um pouco por todo o mundo, inclusive, em Portugal, claro. Especialmente entre o público mais jovem, as festas temáticas, decorações elaboradas e a oportunidade de criar toda uma envolvência assustadora, explica o porquê do sucesso crescente desta celebração.

Embora Portugal tenha as suas próprias tradições, como o Pão-por-Deus, onde as crianças pedem bolos e doces de porta em porta a 1 de novembro, o apelo do mítico dia de Halloween, a 31 de outubro, parece continuar a crescer. Lojas e empresas adotam decorações assustadoras, enquanto escolas e comunidades organizam eventos temáticos, festas de Halloween e concursos de fantasias.

Para além disso, a adesão ao Halloween em Portugal pode ser atribuída a outras razões. Primeiramente, é uma oportunidade para a diversão e criatividade, permitindo que as pessoas se expressem de maneira única através das suas fantasias. Em segundo lugar, a influência da cultura pop e do entretenimento americano, como filmes de terror e séries de televisão, também contribuiu para a popularização da festa e para o seu caráter icónico.

No fundo, não será errado partir do pressuposto que, cada vez mais, vivemos numa espécie de aldeia global, pelo que a disseminação das várias culturas entre si é uma prática comum e que se verifica, não só em Portugal como noutros países.

Em resumo, o Halloween em Portugal é uma festa em crescimento que une tradições celtas antigas com elementos modernos de diversão e entretenimento, como os americanos tanto gostam. Posto isto, está quase na hora de colocar as abóboras à porta e de comprar os disfarces, que o “Dia das Bruxas” não tarda muito em chegar.

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