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Aeroporto do Porto “tem pouca operação da TAP, mas o ideal seria não ter nenhuma”, diz Moreira

Aeroporto do Porto

A discussão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa juntou, esta terça-feira, os presidentes da Câmara do Porto e de Lisboa e o ex-ministro do Planeamento, João Cravinho, na conferência «Novo aeroporto: tempo de decidir». Rui Moreira destacou a importância do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, para a região e para o país, e deixou também a sua opinião sobre algumas das opções apresentadas para a construção do novo aeroporto.

O autarca afirmou que “o aeroporto do Porto demonstrou que tinha capacidade para crescer”, mas “nunca será o aeroporto de Lisboa, porque as duas macrorregiões têm caraterísticas diferentes”. “O principal, para nós, é que deixem o Aeroporto Francisco Sá Carneiro sossegado. Funciona bem, não depende do erário público, e as pessoas estão contentes com o serviço. Tem pouca operação da TAP, mas o ideal seria não ter nenhuma”, sublinhou.

Por outro lado, o presidente do município reconheceu que a proximidade da Galiza representa uma oportunidade para a cidade: “Uma ligação ferroviária que atravesse a fronteira vai permitir atrair mais passageiros. O aeroporto do Porto tem a capacidade de crescer, porque há uma reserva territorial.”

No painel sobre o tema «A Norte ou a Sul do Tejo?», Rui Moreira frisou que “a ideia de construir um grande aeroporto, seja em Alcochete ou em Santarém” não lhe parece fazer sentido e não acredita que “haja procura que justifique um investimento dessa natureza.”

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“Se precisamos de dois aeroportos na faixa atlântica, se precisamos de viabilizar o hub de Lisboa, parece-me que a melhor solução é sempre Portela. Parece que o Montijo é a melhor solução, porque já lá existe uma infraestrutura, está próximo de Lisboa, e tem possibilidade de acesso fluvial a Lisboa”, referiu, acrescentando que se existe um concessionário que diz que, “construindo o aeroporto no Montijo, o Estado português não tem de gastar dinheiro, não é um fator que se possa ignorar”.

O presidente da Câmara do Porto disse ainda: “Se quiserem fazer o aeroporto em Santarém, façam. Mas não contem com a malta do Norte. As pessoas não vão compreender porque é que subitamente, com a hipótese da existência da Portela e de um aeroporto complementar, vão ter de deslocar-se”.

“Os aeroportos são usados por pessoas, ao contrário dos portos, em que os contentores não escolhem. Posso estar enganado, mas as pessoas não vão querer viajar 85 quilómetros”, concluiu.

Foto: Miguel Nogueira

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