Os trabalhadores do sistema do Metro do Porto, constituídos pelos funcionários da ViaPorto e do SMAQ, formalizaram um acordo de regulação das condições laborais até ao final da subconcessão, que visa a paz social, foco nos clientes e na abertura das novas linhas ao longos dos próximos quatro anos.
Após as greves e fracassadas negociações entre a SMAQ (Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses) e a subconcessionária ViaPorto, a administração da Metro do Porto tomou a iniciativa de propor a ambas as partes o estabelecimento de um período negocial tripartido, no qual a Metro participou enquanto mediadora. “Alcançamos, em reunião tripartida ocorrida nas instalações da Administração da Metro do Porto, após vários meses de intensa negociação, o entendimento para a atualização do Acordo de Empresa com a Viaporto”.
O acordo já assinado prevê a melhoria das condições de trabalho dos maquinistas ao serviço do sistema de Metro do Porto, incluindo actualizações remuneratórias e Paz social prolongada, permitindo a concentração de esforços e de energias nas prioridades do Metro do Porto, que se focam no serviço ao cliente e a conclusão da Linha Rosa e da extensão da Linha Amarela.
“É um acordo alargado que estabelece uma atmosfera de estabilidade e paz social até ao fim da atual concessão e transmite para a próxima um conjunto de garantias há muito perseguidas pelos trabalhadores”.
Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, sublinha a sua importância “num momento em que a estabilidade e a exigência são fundamentais, sobretudo face aos desafios em termos de crescimento da rede em operação e do volume da procura que temos pela frente”. O acordo vigora até ao final da subconcessão actual, em 2025.
O mesmo refere ainda “fazer questão de reconhecer e de destacar o grande sentido de responsabilidade manifestado tanto pelos representantes do SMAQ como pelos da subconcessionária. A exigência que todos colocámos neste processo traduz-se numa paz social que é realmente decisiva para mantermos e reforçarmos a qualidade global do serviço do Metro do Porto. Estamos agora, trabalhadores, subconcessionária e Metro Porto, melhor preparados para vencer os desafios do médio e longo prazo”.