Com um elenco de 13 atores que dão vida a 40 personagens, “A Morte de Danton”, de Georg Büchner, “põe o dedo na ferida”, já que olha para o “momento originário dessa «casa» em que vivemos, da própria contemporaneidade”, afirma Nuno Cardoso, encenador da peça e diretor artístico do Teatro Nacional São João (TNSJ).
“A Morte de Danton”, de Georg Büchner, regressa este fim de semana ao “palco” digital do TNSJ, já que um problema técnico levou ao cancelamento da exibição da peça “Bella Figura”.
O drama em quatro atos, que propõe uma “revisitação” do caos poético e sangrento da Revolução Francesa, vai ser transmitido online esta sexta-feira, às 22h, ficando disponível até ao final do dia de domingo no site e no Vimeo do TNSJ.
A peça relata os últimos dias de vida de uma das figuras mais proeminentes deste período, Georges Jacques Danton (interpretado por Albano Jerónimo), entre as vésperas da sua detenção e execução na guilhotina.
Escrita em 1835 pelo poeta, dramaturgo, cientista e revolucionário alemão Georg Büchner, “’A Morte de Danton’ transporta-nos para a atualidade, propondo uma reflexão sobre o estado de convulsão e decomposição que se vive, com o avanço do populismo e a potência do ódio e de conceitos extremistas”, sublinha nota enviada à VIVA!.
De referir que a peça, estreada em setembro último, foi a primeira encenação de Nuno Cardoso enquanto diretor artístico do TNSJ.
Foto: João Tuna
