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6 curiosidades sobre o Vinho do Porto

6 curiosidades sobre o Vinho do Porto

A 27 de janeiro celebra-se o Dia Internacional do Vinho do Porto. É verdade que também se comemora no dia 10 de setembro, data em que região vinícola foi demarcada pelo Marquês de Pombal em 1756, mas, sendo este um ex-líbris reconhecido mundialmente, uma data não era suficiente – foi então criada a segunda, em 2012, pelo Center for Wine Origins, nos EUA, com o intuito de celebrar o Vinho do Porto e a sua tradição.

Neste artigo, a VIVA! dá-lhe a conhecer as principais características e curiosidades deste produto emblemático da cidade Invicta que atrai, todos os anos, milhares de turistas de todos os cantos do mundo.

Foi descoberto acidentalmente

Por vezes, grandes descobertas acontecem por acaso. É o caso do Vinho do Porto. Após o Tratado de Windsor (1386), que simbolizou a aliança entre Portugal e Inglaterra e levou à exportação dos vinhos do Douro, surgiu a necessidade de encontrar uma forma de impedir que os vinhos se estragassem durante a viagem. Reza a lenda que a solução encontrada foi adicionar um pouco de aguardente, o que fortificou o vinho e deu origem a este néctar portuense.

Expansão do Vinho do Porto desde o século XVII (Arquivo CM Porto)

Servia como “moeda” na época medieval

De acordo com o livro “Tudo sobre o Vinho do Porto”, de João Paulo Martins, segundo a Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), a importância deste “elixir” vinha mencionada nas “cartas de foral” da idade média. Assim, devido à escassez da moeda na época medieval, o Vinho do Porto tornou-se num meio de pagamento de impostos “habitual de norte a sul do país”, constituindo “um dos pilares da economia rural e uma das principais fontes de receita da Coroa”.

Embarque de vinhos em Vila Nova de Gaia (Arquivo CM Porto)

Deu origem aos famosos barcos rabelos

Os “rabelos”, embarcação típica do rio Douro, foram batizados com este nome devido à espadela (remo comprido) característica destes barcos. Anteriormente eram chamados de “rabudos” pelo remo ser quase tão comprido quanto o barco, passando a ser “rabelos”, nome que define, também, os seus tripulantes e a povoação ribeirinha do rio Douro. Segundo o documentário de 1960, do Arquivo RTP, os barcos rabelos “transportavam as pipas do vinho do Porto, desde as vinhas do Alto Douro até Vila Nova de Gaia, onde o vinho era armazenado para posterior comercialização”. Atualmente, encontram-se no Cais de Gaia e são utilizados, maioritariamente, para passeios turísticos.

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Há 4 tipos diferentes de Vinho do Porto

Segundo o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), há quatro tipos diferentes de Vinho do Porto.
Começamos com o Ruby, o vinho mais jovem, que por estagiar menos tempo nas pipas de carvalho (entre 2 a 3 anos), mantém o aroma frutado e, na boca, um sabor intenso com notas de frutos silvestres. Dentro deste tipo, há 5 categorias, sendo elas, por ordem crescente de qualidade: “Ruby”, “Ruby Reserva”, “Late Bottled Vintage” (LBV), “Crusted” e “Vintage”.
O Tawny, como após o estágio de 2 ou 3 anos nas pipas de carvalho passa a envelhecer em barricas de carvalho francês, tem um sabor mais complexo, com notas de frutos secos e um aroma a madeira e especiarias. Quanto mais velho for o vinho, mais estas características estão vincadas. As categorias são: “Tawny”, “Tawny Reserva”, “Tawny com Indicação de Idade” (10 anos, 20 anos, 30 anos, 40 anos, 50 anos), “Very Very Old” e “Data de Colheita”. De acordo com a mesma fonte, “são vinhos de lotes de vários anos, exceto os Data de Colheita (vinho de um só ano), que normalmente se assemelham a um Tawny com Indicação de Idade com o mesmo tempo de envelhecimento”.
Segue-se o Vinho do Porto Branco, com “diferentes graus de doçura”, por ordem crescente: extra-seco, seco, meio-seco, doce e muito doce ou lágrima. Os mais tradicionais têm um aroma de fruta madura e frutos secos, mas também com aromas florais e “frutados mais frescos”, de forma a agradar a mais palatos.
Por fim, o Rosé. Este tem uma cor rosada devido à “maceração pouco intensa de uvas tintas” e limitação de oxidação, o que lhe dá um sabor suave e agradável. Com aroma a framboesa e morango, são muito utilizados em cocktails.

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Traz benefícios para a saúde

“O resveratrol, composto encontrado nas uvas possui propriedades anti-inflamatórias que reduzem a inflamação crónica do nosso organismo contribuindo para a prevenção do aparecimento de diversas doenças cardíacas e auto-imunes” – quem o diz é a nutricionista Catarina Sofia Correia, num artigo publicado pela Sapo. Além das propriedades anti-inflamatórias, como tem um elevado teor de antioxidantes, estudos demonstram que o Vinho do Porto “pode aumentar a longevidade”. Já no que diz respeito à saúde mental, “ocasionalmente pode reduzir o nível de depressão”.
Em suma, aliado a uma dieta equilibrada e à pratica de exercício físico, o Vinho do Porto ajuda a manter o corpo e a mente sãos.

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Qual é a temperatura ideal para o beber?

O segredo para um bom Vinho do Porto passa por saber a que temperatura bebê-lo. De acordo com a informação divulgada pela loja online iPORTWINE, o Ruby deve servir-se de 12 a 14 ºC, o Tawny a 14 ºC e o Branco de 8 a 12 ºC. Já o Rosé, deve ser bebido mais fresco, a uma temperatura aproximada de 6ºC.

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Agora que já sabe as principais características e curiosidades sobre o Vinho do Porto, só resta mesmo bebê-lo. Aproveite para agendar uma visita às Caves Ferreira, conheça mais sobre o produto ex-líbris da cidade Invicta e desfrute de uma prova de vinhos no final.

Foto de capa: Freepik

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