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#5 Escapadinhas à Galiza: descubra a rota das “Camélias a dormir em… Paços”

#5 Escapadinhas à Galiza: descubra a rota das “Camélias a dormir em… Paços”

Em mais uma “Escapadinha à Galiza”, desta vez damos um saltinho até à “Rota das Camélias… em Pousadas” proposta pela Junta da Galiza. Como também se faz bom turismo bem perto de casa, comecemos a nossa viagem.

1º Dia

Se tiver um fim de semana livre para explorar as redondezas, mas quiser, ao mesmo tempo, aproveitar para dormir mais um bocadinho, então este roteiro foi feito a pensar em si.

Sendo assim, podemos começar a nossa jornada em Padrón, um lugar com ressonâncias jacobinas e literárias situado na comarca de Sar, ao sul da província da Corunha. 

Para uma experiência tranquila, sugerimos chegar no início da tarde e procurar acomodação na vila ou nas proximidades, onde uma variedade de opções, como hotéis, pensões, casas de campo e paços convertidos em alojamentos turísticos, estão disponíveis.

Após garantir o alojamento, o próximo destino é o Jardim Artístico/Botânico, reconhecido como Património de Interesse Cultural em 1946 na categoria de Jardim Histórico. 

Este fica localizado na Avenida de Compostela, próximo à autoestrada nacional que passa por Padrón. O jardim em questão apresenta um design reminiscente do estilo francês, incorporado às características dos paços galegos. 

Tal como se pode ler no site oficial da Junta da Galiza, o encanto é realçado por um portão de ferro forjado bem ao estilo do século XIX, que adiciona um claro toque romântico. 

Ao entrar, os visitantes são recebidos por um corredor principal de bananeiras, que guia para os diferentes caminhos e áreas do jardim.

Neste ambiente muito particular, trezentas espécies distintas coexistem em harmonia. Entre elas, destacam-se a sequoia costeira, representando o telhado verde do jardim ao lado da estátua do trovador medieval Macías o Namorado; a árvore de Judas, com os seus ramos espinhosos entrelaçados formando a coroa de Cristo; e a tamareira do Senegal, fornecedora de ramos de palmeira para o Domingo de Ramos. 

Durante o inverno, as camélias coloridas encantam os visitantes. Próximo ao centro da vila, seguindo pela Rua do Carme e atravessando a ponte sobre o rio Sar, encontra-se outro local de interesse, o Pazo de Lestrove. 

Este edifício do século XVI, que outrora serviu como residência recreativa para os arcebispos de Santiago, hoje é um monumento/hotel de quatro estrelas, também conhecido como Pazo Anxo da Garda devido à sua capela dedicada. 

No seu interior, os visitantes podem admirar uma impressionante escultura em tamanho real da Virgem das Dores, criada pelo escultor Ferreiro, além de uma fonte de pedra de três níveis coroada com a representação de São Tiago como um peregrino.

Após explorar os encantos naturais e históricos, os viajantes podem desfrutar da culinária local nos restaurantes do próprio pazo ou em Padrón. Os estabelecimentos do Centro Histórico, os bares de tapas, os restaurantes especializados em polvo e as tabernas tradicionais oferecem uma variedade de pratos típicos galegos. 

Para acabar o dia, não pode mesmo deixar de experimentar os famosos pimentos Padrón, acompanhados pelo DOP “Pemento de Herbón”, pelos quais a localidade é conhecida.

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2º Dia

Aproveitando a proximidade de Padrón a Santiago de Compostela, sugerimos dedicar a manhã para explorar os espaços verdes desta cidade. O acesso pode ser feito, facilmente, pela autoestrada ou estrada nacional.

Posto isto, uma boa opção podia ser começar o dia pelo Parque da Alameda, que é considerado o jardim palaciano da cidade devido ao seu papel histórico como área de lazer para a nobreza galega. 

Dividida em três zonas distintas – Alameda, Carballeira de Santa Susana e A Ferradura – cada uma reflete épocas e designs diferentes.

Logo na entrada da Porta Faxeira, será recebido por fileiras de bananeiras, camélias e uma magnífica Sequoia sempervirens, além de uma magnólia plantada pela Sociedade dos Amigos do País. 

No final da Alameda, encontra-se a escultura “As Marías”, retratando duas figuras populares em Compostela e frequentemente rodeada por pessoas em busca de uma foto memorável.

De acordo com a Junta da Galiza, o passeio central da Alameda, outrora exclusivo para a alta sociedade, é acompanhado por fileiras de camélias e tílias, enquanto os passeios laterais eram destinados às classes menos favorecidas. 

Um destaque é o magnífico bosque de carvalhos ao redor da igreja de Santa Susana, um espaço histórico que remonta à Idade Média.

A Ferradura conecta as extremidades da Alameda, adornada por carvalhos e camélias centenárias, além de duas estátuas nos pilares de entrada, conhecidas como Paseo dos Leóns. 

Mais adiante, a estátua de Rosalía de Castro oferece uma vista deslumbrante do campus universitário, complementada por outras esculturas, fontes e lagos.

O Pazo de San Lourenzo, construído entre os séculos XIII e XVII, abrange uma extensa floresta e jardins murados, com mais de cem espécies vegetais. Destaque para a sebe de buxo aparada, com quatrocentos anos, uma peça central da jardinagem geométrica religiosa espanhola.

Após o passeio, pode desfrutar de pratos tradicionais galegos nos restaurantes do Centro Histórico, como polvo à feira, pimentos Padrón e caldeirada de marisco. Para uma experiência gastronómica inesquecível, experimente ainda parar em Vedra, onde restaurantes bons é o que não falta.

Para além dos encantos urbanos, há dois magníficos exemplos de jardins senhoriais nas proximidades de Santiago: o Pazo de Santa Cruz de Ribadulla e o Pazo de Oca. O primeiro é conhecido como “Versalhes Galega”, enquanto o segundo é famoso pelos seus jardins murados e um grande lago com uma ponte simbólica separando o bem do mal.

Em ambos os locais, encontrará uma variedade impressionante de plantas, desde camélias gigantes até árvores centenárias, proporcionando uma experiência botânica única. 

Por esta altura, o dia já deverá ir longo, pelo que será hora de regressar à cidade do Porto. Mesmo ao lado da Invicta, a Galiza oferece um grande rol de possibilidades turísticas, seja para um, dois, ou mais dias.

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