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4 Passos para Gerir as suas Dívidas

4 Passos para Gerir as suas Dívidas

Contrair dívida é um procedimento normal. A esmagadora maioria de nós, em algum momento da vida, terá de recorrer ao crédito. Seja para a compra da casa, do carro, para um qualquer investimento, ou fazer face a uma despesa inesperada.

Embora habituais, as dívidas podem ter um efeito devastador. E não é só na carteira. Os impactos na saúde, principalmente mental, são quase tão comuns como as próprias dívidas. Situações de ansiedade, stress e depressão vão tomando conta de quem tem muitos encargos no final do mês.

Isto deve-se, em grande medida, a um profundo desconhecimento sobre como gerir as nossas dívidas. O resultado da pouca literacia financeira da sociedade portuguesa. Um problema, de resto, já identificado pelo Banco Central Europeu no seu último estudo. Em 2020, Portugal ocupava o último lugar do ranking de literacia financeira, entre os 19 países da zona euro.

Por isso, saber gerir eficazmente as dívidas é fundamental para a sua saúde financeira. A pensar nisso, vou explicar-lhe como fazê-lo em quatro passos.

1. Avalie a sua situação financeira

Como em tudo, antes de tomar qualquer decisão, deve avaliar a sua condição no momento.
• Quantas dívidas tem?
• Qual o número de cartões de crédito?
• Existem outras obrigações financeiras?
• Quais são os termos e taxas associadas?
• Qual a sua taxa de esforço?
• Quanto sobra do seu orçamento mensal depois de pagos todos os compromissos?

Deve responder a todas estas perguntas para ter um bom retrato daquele que é o cenário financeiro. Depois disso, pode avançar para o passo seguinte.

2. Crie um orçamento

Construa um orçamento detalhado. Significa isso que deve listar todas as suas despesas e receitas mensais. Das banais – do dia a dia -, àquelas a que não pode fugir.

Bem sei que esta é a dica que já deve ter ouvido mais vezes. Ainda assim, nem sempre levamos o básico a sério. Para muitos, a desculpa “prefiro nem saber quanto gasto” é a sua pior inimiga. Deve mesmo saber quanto gasta. E em quê. Só assim vai poder gerir melhor o seu dinheiro e canalizar para o que importa verdadeiramente.

Mesmo que as dívidas não sejam avultadas, ao ter noção das suas despesas, perceberá que, provavelmente, está a ter gastos que pode reduzir com muita facilidade.

Por isso, lembre-se de que fazer um orçamento vai ajudar a:
• Ganhar maior consciência financeira;
• Aprender a priorizar as suas dívidas;
• Controlar melhor as despesas;
• Planear a longo prazo;
• Acompanhar o seu progresso.

Está convencido? Então, vamos para o terceiro passo.

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3. Renegocie, consolide ou transfira os seus créditos

Termos pomposos que, nos últimos tempos, vêm ganhando força junto de cada vez mais consumidores. Com o forte aumento das taxas de juro, recorrer a estas opções é uma importante ajuda.

A renegociação de créditos significa alterar as condições de um crédito junto da instituição que o concedeu. Desta forma, consegue baixar o valor da sua mensalidade e, com isso, equilibrar o seu orçamento. Pode renegociar apenas uma ou várias condições: estender o prazo de pagamento, o tipo de taxa de juro, a amortização do empréstimo, entre outros.

A consolidação de créditos trata-se de juntar as várias dívidas numa única e com encargos mais baixos para o cliente. Ou seja, se tem mais do que um crédito, juntá-los, provavelmente, vai dar-lhe uma taxa de juro mais baixa. Com isto, simplifica o pagamento das dívidas e reduz o valor total a ser pago.

Por último, a transferência de crédito. Como sugere o nome, significa mudar o seu crédito para outro banco. Para atrair mais clientes, os bancos oferecem melhores condições de crédito, beneficiando quem optar por esta alteração que irá resultar numa redução dos custos com o empréstimo.

Cada uma destas opções deve ser analisada, para perceber qual melhor se adequa à sua situação e lhe permitirá poupar mais no final do mês.

Depois de dar nova vida aos seus créditos, o quarto passo.

4. Não contrair novas dívidas

Se a(s) dívida(s) que tem para pagar já lhe exigem uma gestão cuidadosa do seu orçamento, então, contrair novas, nunca será uma boa opção. Fazê-lo, vai abalar todo o seu orçamento, aumentar o seu esforço e diminuir o saldo disponível.

Como tal, avalie cuidadosamente antes de fazer compras parceladas ou pedir novos créditos. Fique atento às suas despesas e mantenha um controlo rigoroso sobre os gastos.

E, claro, nunca contraia dívidas para pagar outras. Embora um contrassenso, para muitos recorrer a um crédito para pagar outro crédito parece uma decisão acertada. Mas só o vai manter preso numa espiral infinita.

Para concluir

Perceba que cada situação é única, mas há um conjunto de passos comuns que podem ser dados. Da mesma forma que outros devem ser devidamente ajustados. Mas, o mais importante: cumpra sempre com os seus compromissos e procure melhorar sua literacia para evitar futuras dificuldades e retirar melhores proveitos financeiros.

Rita Quaresma
Gestora do Projeto CreditoConsolidado.pt

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