A greve dos revisores da CP obrigou esta quinta-feira à supressão da maioria dos comboios, tendo circulado apenas 21 dos 262 programados até às 8h00, segundo adiantou fonte da empresa de transporte. “Foram realizados 21 comboios em 262 programados a nível nacional. Destes 21, dez são comboios de longo curso (Alfa Pendular e Intercidades). Depois, temos seis urbanos em Lisboa e dois no Porto, o que é muito pouco”, reconheceu a porta-voz da CP, Ana Portela.
A responsável alertou, assim, que a paralisação vai afetar fortemente os passageiros que se deslocam de comboio na época da Páscoa. “Lembro que a CP transportou, no ano passado, 1,1 milhões passageiros nos cinco dias (período de miniférias da Páscoa). Tivemos os comboios sempre na capacidade máxima, nomeadamente os de longo curso. Para termos alternativa à greve, agora, precisaríamos de mais de 20 mil autocarros. É inconcebível”, frisou. A greve, convocada para reclamar o cumprimento da decisão dos tribunais relativa ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996, prolonga-se até à próxima segunda-feira. A esta paralisação vem juntar-se a greve ao trabalho em dia feriado agendada pela Federação do Sindicato dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) para os dias 3 e 5 (sexta-feira santa e domingo de Páscoa).