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1646 casos de violência doméstica detetados em centro do Porto

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Em cinco anos, mais de metade das 1646 mulheres atendidas num centro dedicado à vítima de violência doméstica que atua no Grande Porto sofreram ameaças, nomeadamente “de morte” e “com arma”.

Em dia de aniversário, os responsáveis do centro P’ra Ti, serviço da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), reuniram dados sobre maus tratos em contexto doméstico, dividindo-os em físicos, psicológicos, sexuais e económicos.
As vítimas atendidas entre 2009 e 2014, maioritariamente dos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Gondomar, apontaram bofetadas e murros como as principais queixas de maus-tratos físicos. No que diz respeito à violência psicológica, insultos (75,3%) e ameaças (62,8%) são os mais referidos. As ameaças de morte rondam os 22,5% e as ameaças com arma são de 1,7%. Segundo frisou esta terça-feira a diretora técnica do P´ra Ti, Ilda Afonso, as vítimas de violência doméstica não são principalmente mulheres com pouca ou nenhuma escolaridade, já que a maior percentagem das vítimas tem, pelo menos, o 3.º ciclo de escolaridade. E 114 mulheres atendidas têm mesmo licenciatura. Em relação aos filhos das vítimas que passaram pelo centro, a idade média é de 13 anos, sendo que 39% foram sinalizados às comissões de proteção de crianças e jovens em risco e 7% acompanhados pelas equipas multidisciplinares de assessoria aos tribunais (EMAT). De acordo com a investigação feita pela UMAR, 18% das utentes sofreram violência durante 20 ou mais anos, ainda que a percentagem maior seja a de ciclos de um a cinco anos (29%).

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