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#11 Escapadinhas à Galiza: descubra a rota “O Paraíso dos Deuses”

#11 Escapadinhas à Galiza: descubra a rota “O Paraíso dos Deuses”

É mais uma semana a chegar ao fim e, novamente, a VIVA apresenta-lhe uma “Escapadinha à Galiza”, de forma a poder passar um dia bem perto do Porto, com paisagens e motivos de interesse diferentes do que já conhece.

Com base nas sugestões da Junta da Galiza, mostramos-lhe o roteiro “O Paraíso dos Deuses”, onde conhece mais uma zona de praias incrível desta região de Espanha.

Comecemos a viagem…

Podemos começar a viagem bem cedo pelas Ilhas Cíes, que fazem parte do Parque Nacional das Ilhas Atlânticas da Galiza. O jornal britânico The Guardian classifica a praia de Rodas, localizada neste arquipélago, como uma das mais bonitas do mundo.

Recorde-se que o arquipélago das Ilhas Cíes é formado por três ilhas principais: a ilha Norte, chamada Monteagudo; a ilha do Meio, ou do Faro; e a ilha Sul, conhecida como San Martiño.

A história das Ilhas Cíes é marcada por ataques de piratas da Turquia, da Tunísia e da Inglaterra, como refere a Junta da Galiza. Um dos mais famosos que chegou a estas ilhas antes de atacar a costa foi Francis Drake.

Em 1997, o The Guardian publicou uma lista das 10 melhores praias do mundo, incluindo a praia de Rodas nas Ilhas Cíes. Mesmo antes disso, este paraíso na entrada da ria de Vigo já era conhecido pelos moradores e pelos visitantes. Desde então, tornou-se num destino de referência para turistas de todo o mundo.

Com uma extensão de 1,3 quilómetros, esta praia em forma de concha é cercada por uma floresta autóctone, “polvilhada” por areia branca e fina e águas de cor turquesa, que são um cenário perfeito, principalmente no verão.

Os portos de Vigo, Cangas e Baiona são os pontos de partida dos “catamarãs” que, na época alta, fazem trajetos para as Ilhas Cíes. A viagem dura menos de uma hora e oferece a oportunidade de apreciar o percurso de barco e as vistas privilegiadas do Atlântico e da costa de Pontevedra. As Ilhas Cíes estão localizadas a apenas 14 quilómetros de Vigo.

A beleza natural das três ilhas – Monteagudo, do Faro e San Martiño – mostra-se à medida que o catamarã se aproxima do cais, situado ao lado da praia de Rodas. Este ponto pode ser considerado o centro nevrálgico para começar a explorar este paraíso, que Ptolomeu chamou de “Ilhas dos Deuses”.

Apesar de parecerem isoladas na entrada da ria de Vigo, as Ilhas Cíes têm um importante papel histórico. Foram habitadas desde o Paleolítico e o Neolítico, com evidências da Idade do Bronze no castro “As Hortas” situado na ladeira do Monte Faro, também ocupado durante o período romano. 

Alguns autores acreditam que até Júlio César passou por este território. No século VI, foram estabelecidos dois conventos: San Martiño na ilha Sul e Santo Estevo na ilha do Meio. As ruínas deste último foram usadas para construir o atual Centro de Interpretação, onde se pode ver um sepulcro antropomórfico.

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Os ataques também atingiram as Ilhas Cíes, que foram devastadas pelo famoso e temível Francis Drake. Estes ataques motivaram planos de fortificação e a construção de um armazém de artilharia em 1810 no antigo convento de Santo Estevo, para além de uma prisão nas proximidades da praia de Nosa Señora. 

No auge da atividade conserveira na costa, por volta de 1840, foram erguidas duas fábricas de salga, entre outras construções. No entanto, devido à concorrência, a produção foi abandonada e a população local diminuiu até quase desaparecer na metade do século XX, quando o interesse turístico começou a crescer.

A sugestão da junta galega é simples: não se deixe levar pela tentação de apenas relaxar nas praias. Pode também explorar as ilhas Norte e do Meio, conectadas por um pequeno dique que formou uma lagoa de água salgada e pelo areal de Rodas.

O trilho para o Monte Faro também é popular graças à sua espetacularidade: uma subida íngreme e em ziguezague que alcança 175 metros acima do nível do mar costuma ser um regalo para os visitantes. 

No topo, encontra-se o farol das Cíes, edificado em 1852, que oferece uma vista panorâmica do arquipélago que faz valer o esforço da subida. 

Esta caminhada permite explorar a ilha do Meio e os seus valores naturais e culturais, incluindo o Centro de Interpretação da Natureza, a praia Nosa Señora, a Pedra da Campá, perfurada pela força dos ventos atlânticos, e o observatório de aves. 

Outro sítio a que esta rota também o leva é ao farol d’A Porta, que guarda o estreito com o mesmo nome, de onde se pode ver a solitária ilha de San Martiño, a que só se pode chegar barco, onde está situado o farol d’Os Bicos.

Mais a norte, quase na extremidade da ilha de Monteagudo, encontra-se o farol O Peito. O caminho até ao Alto das Cíes, a 193 metros acima do nível do mar, é leve e oferece vistas de ruínas nas redondezas.

Não pode ir embora da Galiza sem subir ao Alto do Príncipe, que fica 111 metros acima do nível do mar. Neste local, há uma rocha muito conhecida, em formato de cadeira, que se chama “Silla de la Reina”. 

De regresso a casa…

Como foi possível ver, o que não falta são locais maravilhosos para visitar na Galiza. Então na época de verão, as praias tornam-se ainda mais apelativas para quem visita esta terra de nuestros hermanos.

Eis a prova viva de que fazer turismo não implica irmos para muito longe do Porto.

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