Um estudo do Observador Cetelem Automóvel 2021 revela que apesar do cenário de crise económica que o setor automóvel atravessa, registando quebras nas vendas acima dos 32% face em comparação com 2019, há tendências que se mantêm quase inalteradas.
Uma delas, destaca, é a atração pela compra de veículos usados em período de crise.
Segundo adianta, numa média global, 25% das próximas compras será efetuada neste mercado, com portugueses, polacos, sul-africanos, holandeses e franceses a ponderarem, em maior número, esta hipótese.
Por sua vez, serão os chineses, espanhóis e japoneses que mais rejeitam esta perspetiva (cerca de 90%). “Esta tendência permanece de tal forma que, nos primeiros meses de pandemia e face ao período homólogo, a Alemanha registou uma quebra nos registos de veículos novos de 64%, mas de apenas 11% nos veículos usados”, realça.
Entre as principais razões apontadas para a aposta em veículos usados, os inquiridos destacaram a questão financeira, considerando uma diferença de preço significativa em comparação com um veículo novo (48%) e ainda o facto de um novo modelo desvalorizar de forma mais rápida, com 34% a indicar esta premissa.
Dentro dos veículos usados, sobressai uma especial preferência por usados com menos de um ano. Cerca de 1 em cada 4 inquiridos consideram-no “um bom compromisso” e 1 em 5 “uma maneira económica de mudar a gama”.
O estudo, realizado em parceria com a empresa de estudos e consultoria C-Ways, envolveu um total de 10 mil inquiridos via online, em 15 países, nomeadamente Portugal, França, Itália, África do Sul, Alemanha, Bélgica, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos da América, Japão, Holanda, Polónia, Reino Unido e Turquia.
As entrevistas foram realizadas entre 2 a 11 de setembro de 2020 a indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos e igual ou inferior a 65.
