O projeto prevê a construção privada de habitações unifamiliares e pretende levar para aquela zona 100 novas famílias e 300 novos habitantes, destinando 2,9 milhões de euros para 48 fogos de habitação social, a construir pelo fundo do Aleixo, 1,5 milhões de euros para um pavilhão desportivo e um milhão para novos arruamentos e requalificação do espaço público.
“Entre a rua, o pavilhão e a construção de habitação estamos a falar num investimento público de 5,8 milhões de euros. Cerca de metade [do investimento] será o Invesurb [Fundo Imobiliário criado para demolir o Aleixo, situado na zona de Lordelo do Ouro] a fazer”, explicou Rui Moreira, adiantando que “o início da obra será este ano”.
A construção de habitação social por parte do fundo do Aleixo já estava prevista para aquela zona da cidade, mais precisamente na avenida Fernão de Magalhães, mas o atual executivo pensa que o projeto tinha “localização inconveniente e concretização pouco económica”.
De acordo com Rui Moreira, o prédio “ia fazer o tamponamento entre a cota alta e a cota baixa do Bonfim”, impedindo a ligação das Eirinhas a Fernão de Magalhães e “ia ser, em breve, um prédio insalubre”.
Assim, a Câmara decidiu propor ao Invesurb investir em habitação social nas Eirinhas.
O vereador do Urbanismo, Manuel Correia Fernandes, informou que a Câmara recorreu ao arquiteto José Gigante, que em tempos já tinha projetado habitação social para as Eirinhas, para chegar à atual solução que envolveu permutas com os proprietários privados de terrenos no local.
Para Rui Moreira, esta é “uma zona crucial da cidade”, onde “a habitação social não vai estar num gueto, mas em ligação com a habitação privada e equipamentos desportivos”.
“Isto faz parte do que eu e Manuel Pizarro [vereador da Habitação, do PS] temos pensado para a cidade”, destacou o autarca.
Numa primeira fase de intervenção nas Eirinhas vão ser construídos “48 fogos a custos controlados, integrados no Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado Invesurb (comummente conhecido como Fundo do Aleixo)”.
O projeto prevê quatro edifícios, três dos quais “integrados na fase 1” e “um quarto em terrenos adjacentes”.
A isto, soma-se a “constituição de três lotes” para edificar 32 fogos de “habitação unifamiliar de promoção privada”, bem como a “construção de um pavilhão desportivo polivalente”.
A segunda fase diz respeito à ligação da rua Goelas de Pau, junto ao hospital Joaquim Urbano, que vai permitir “a constituição de duas novas frentes urbanas destinados a edifícios de habitação unifamiliar e coletiva, num total estimado de 28 fogos”.
Esta fase integra também “a extensão da travessa das Eirinhas como percurso pedonal até à rua do Bonfim e a construção de novos espaços públicos ajardinados”.