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Vertigens: o que são e o que fazer

Vertigens: o que são e o que fazer

A vertigem é um sintoma caracterizado pela ilusão de movimento. Alguns percebem este sintoma como sendo o próprio a movimentar-se e outros como sendo o meio ambiente. Quase toda a gente já experienciou esta sensação após rodar várias vezes sobre si mesmo.

A sensação de vertigem mais comum é a rotatória, mas a vertigem pode também ser uma sensação de “balançar” ou de “queda” dependendo do doente e do síndrome vertiginoso.

Dependendo da patologia de base, a vertigem pode ocorrer em qualquer posição (de pé, deitado, sentado, …) ou iniciar-se/agravar com movimentos ou posições específicas.

A vertigem afeta ambos os sexos (homens e mulheres) e todos os grupos etários (adultos e crianças). No entanto, é mais frequente nas mulheres e acima dos 60 anos de idade.

A vertigem é um sintoma e abrange diversas doenças e síndromas. Pode ser causada por um variado número de patologias (ou doenças) que podem afetar o sistema vestibular periférico ao nível do ouvido interno (vertigem periférica) ou o sistema nervoso central (vertigem central).

Quais os sintomas?
Os sintomas são transversais e os mais relevantes são claramente as náuseas e os vómitos, associados à ilusão de que estamos a rodar, a cair, ou a ser puxados para um dos lados (lateropulsão). Depois, podem surgir também a perda de audição, a sensação de ouvido(s) cheio(s), os zumbidos e as dores de cabeça

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Quais as causas?
A principal causa é a VPPB (vertigem posicional paroxistica benigna) mais conhecida como a doença dos cristais. Esta doença é causada pela deslocalização dos cristais (otocónias) dentro do ouvido interno. Ou seja, esses cristais saem do órgão que deteta a gravidade (o utrículo) para os órgãos que detetam a rotação da cabeça (os canais semicirculares). Outra causa de vertigem é a enxaqueca vestibular. Há muitas outras causas, como a nevrite vestibular, por exemplo, que é causada pela inflamação do nervo vestibular, como resultado da reativação de um vírus herpes. E a doença de Ménière resulta do aumento da pressão no ouvido interno, como se de um “glaucoma do ouvido” se tratasse.

É possível viver sempre com vertigens? Há algo que se possa fazer para evitar?
A prevenção, assim como o tratamento da vertigem, depende sempre da sua causa. Se esta é a enxaqueca, devemos tomar as medidas que previnam a enxaqueca (dormir bem, ter uma dieta saudável, evitar o stresse e mesmo recorrer à toma de medicamentos); se for a VPPB, manter níveis corretos de vitamina D e evitar os desportos de contacto. Se há uma regra geral, será a de que devemos ter uma vida saudável e ativa: caminhar na rua diariamente durante, pelo menos, 30 minutos parece ser a medida que transversalmente mais contribui para o nosso equilíbrio.

Existem alguns medicamentos ou remédios que permitem fazer um controlo sintomático (aliviar os sintomas). Genericamente, o tratamento medicamentoso sintomático baseia-se em medicamentos como os supressores vestibulares, os anti-histamínicos, as benzodiazepinas e os antieméticos. Esta medicação ajuda no controlo dos sintomas, ou seja, são “medicamentos antivertiginosos”.

Após um síndrome vertiginoso por uma lesão vestibular periférica vai haver compensação central desse défice. A reabilitação vestibular auxilia na recuperação em doentes com hipofunção vestibular periférica uni ou bilateral. Pensa-se que também tem utilidade nas causas centrais. Um doente com vertigem prefere ficar em repouso, no entanto a reabilitação vestibular vai obriga-lo a realizar exercícios que constituem um desafio promovendo a adaptação e substituição estratégica contrariando desta forma a inatividade que tem efeitos secundários adversos (perda da condição física e psicológica que constituem o principal obstáculo à sua recuperação).

O tempo de resolução da doença, ou seja, o tempo que demora a passar, é muito variável entre patologias podendo ser mais célere com o recurso à terapêutica (mais uma vez dependendo da patologia).

O doente nunca deve automedicar-se ou tentar qualquer tipo de tratamento caseiro ou natural sem consultar primeiro o médico otorrinolaringologista, sob pena de poder agravar o seu quadro clínico. A medicação referida deve ser sempre prescrita pelo seu médico assistente que deverá tomar sempre de acordo com a receita médica.

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