
Na primeira edição do Orçamento Participativo Jovem de Valongo, em 2014, a verba atribuída ao projeto vencedor foi de 10 mil euros, mas a autarquia tem vindo a duplicar o orçamento de ano para ano, pelo que em 2017 o montante chegará aos 80 mil euros.
“Começámos este instrumento com poucos recursos mas temos estado a dobrar de ano para ano de forma a ir acomodando o valor no orçamento municipal. Não significa que vai ser dobrado sempre mas chegará uma altura em que o montante se poderá considerar o adequado”, referiu o autarca de Valongo.
José Manuel Ribeiro explicou que “é essencial que exista capacidade para executar os projetos vencedores” e recordou também as “restrições orçamentais” da autarquia, daí que a duplicação do valor atribuído ao OPJV esteja a ser “medida ano a ano”.
Este é um projeto dedicado a jovens dos 6 aos 35 anos de idade, que tem como objetivo facilitar o envolvimento da comunidade, não só a escolar, como sublinhou o autarca, porque “acaba por envolver pais, avós e até vizinhos”, de uma forma “mais construtiva e participada”.
Nas notas da autarquia sobre o Orçamento Participativo Jovem lê-se que em causa está a “criação de um pensamento dinâmico e crítico, permitindo não só que apresentem ideias, mas também que as construam, debatam e concretizem”.
“Apostamos muito na pedagogia, a forma como as pessoas escolhem. Esta medida tem uma componente não só de participação, mas também cívico-política. Os orçamentos participativos ajudam a estimular uma cidadania mais ativa e mais vibrante”, acrescentou o presidente da câmara.
O autarca vincou, ainda, que as apresentações dos autores dos projetos candidatos estarão disponíveis na Internet com antecedência face ao período de votação para poderem ser vistos pelo máximo de pessoas possível.
Valongo criou uma plataforma eletrónica que conta já com quase três mil pessoas inscritas, somando-se a votação presencial também disponível com voto em braile para pessoas invisuais.