
Os Jardins do Palácio de Cristal voltam a ser palco de quatro noites de música ao ar livre com entrada gratuita. Os concertos, integrados no festival Porta-Jazz ao Relento, arrancam sempre às 22h e acontecem na segunda semana de julho, junto ao Lago dos Cavalinhos.
Esta nova edição traz a atuação de quatro projetos musicais que lançaram recentemente álbuns em colaboração com a Porta-Jazz, associação de músicos sediada no Porto.
A iniciativa, além de promover o convívio com a natureza e o jazz, permite ao público descobrir novos trabalhos editados pelo Carimbo Porta-Jazz — um selo independente que soma já mais de 100 discos publicados.
A organização volta a contar com o envolvimento da Câmara Municipal do Porto, através da Ágora, empresa municipal de cultura e desporto. Como explica João Pedro Brandão, fundador da Porta-Jazz:
“A parceria com a Câmara do Porto existe desde a primeira edição, em 2012, e a nossa missão mantém-se: apresentar projetos originais que espelhem a vitalidade do movimento de músicos de jazz do Porto, em colaborações com os pares nacionais e internacionais”.
A programação começa na quinta-feira, 10 de julho, com a estreia ao vivo de Canta Derrocada, álbum de Fragoso Quinteto. A formação, liderada pelo contrabaixista João Fragoso, junta diferentes linguagens criativas e conta com Albert Cirera no saxofone, João Almeida no trompete, João Carreiro na guitarra e Miguel Rodrigues na bateria.
Na sexta, dia 11, sobe ao palco AP (nome artístico de António Pedro Saramago Campos Neves) para apresentar Lado Umbilical. De acordo com a editora, este trabalho “emerge das fronteiras, cresce, manifesta-se e assim se afirma, numa oposição ora subtil ora cerrada aos limites da música, aos limites da humanidade.”
Em palco, AP é acompanhado por João Pedro Brandão (flauta transversal), Gil Silva (saxofones tenor e soprano, e também flauta), Miguel Meirinhos (piano) e Gonçalo Ribeiro (bateria).
A terceira noite, sábado, 12 de julho, está reservada a Antídoto, disco nascido de uma proposta do baterista Miguel Rodrigues. Para este projeto, juntam-se José Soares (saxofone-alto), André Matos (guitarra) e Demian Cabaud (contrabaixo), num registo em que a improvisação conduz “o diálogo musical e a mistura de diferentes cores e sons”.
A encerrar o ciclo, no domingo, 13 de julho, será apresentado Wabi-sabi, resultado da colaboração entre o trompetista Gonçalo Marques e o contrabaixista Demian Cabaud.
Neste trabalho, ambos convidaram o baterista Marcos Cavaleiro e o saxofonista alto John O’Gallagher — uma figura marcante no jazz de Nova Iorque — “para um passeio pelas areias movediças das suas composições originais”.
Todos os concertos são gratuitos e começam sempre pelas 22h.
Foto (via Ágora)