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Veja as medidas de prevenção dadas pela Proteção Civil do Porto por causa dos incêndios

Veja as medidas de prevenção dadas pela Proteção Civil do Porto por causa dos incêndios

O aumento significativo de incêndios e a sua dimensão, sobretudo nas regiões Norte e Centro, tem causado uma degradação acentuada da qualidade do ar.

Com o distrito do Porto em “Risco Extremo de Incêndio”, juntamente com os distritos de Braga e Aveiro, a Proteção Civil Municipal apela à adoção de precauções específicas e aconselha a população a minimizar a exposição ao ar contaminado.

O fumo gerado pelos incêndios pode desencadear uma série de problemas de saúde, tais como:

  • irritação nos olhos, nariz e garganta;
  • aumento de secreções e expetoração;
  • tosse persistente;
  • inflamação e estreitamento das vias respiratórias;
  • agravamento de doenças respiratórias, como bronquite;
  • piora em condições cardíacas e respiratórias preexistentes;
  • alterações no estado de consciência, como fraqueza, sonolência e, em casos mais graves, desmaios.

Certos grupos da população estão mais vulneráveis aos efeitos do fumo, especialmente idosos, crianças, grávidas e pessoas com doenças cardíacas ou respiratórias, como asma e doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

Para aqueles que pertencem aos grupos de risco, é essencial adotar algumas medidas de prevenção, tais como:

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  • manter um stock de alimentos não perecíveis, medicamentos e máscaras de proteção N95;
  • garantir o isolamento adequado de portas e janelas;
  • se possível, usar o ar condicionado em modo de recirculação de ar;
  • ter um plano de evacuação em caso de emergência e partilhá-lo com os restantes membros da família;
  • acompanhar as notícias e atualizações locais.

Para evitar a exposição ao fumo, é também recomendado:

  • permanecer em casa, com portas e janelas fechadas, e manter um ambiente fresco;
  • evitar a utilização de fontes de combustão dentro de casa, como lareiras, fogões a gás, tabaco e velas;
  • evitar atividades ao ar livre;
  • usar máscara N95 em situações inevitáveis de exposição ao fumo;
  • seguir rigorosamente a medicação habitual, especialmente para doenças respiratórias crónicas, e contactar um médico em caso de agravamento dos sintomas;
  • beber líquidos regularmente e manter-se hidratado.

Dada a gravidade da situação, Portugal continental encontra-se sob Declaração de Situação de Alerta, prolongada até às 23h59 do dia 19 de setembro. Foram implementadas medidas excecionais, como:

  • Proibição de circulação em áreas florestais definidas pelos Planos Municipais de Defesa da Floresta;
  • Suspensão de queimadas e queimas de sobrantes, com anulação de autorizações já emitidas;
  • Interrupção de trabalhos florestais com máquinas, exceto em operações de combate a incêndios;
  • Proibição de utilização de motorroçadoras, corta-matos e outras máquinas em zonas rurais;
  • Suspensão do uso de fogo-de-artifício e outros artefactos pirotécnicos.

Se surgirem problemas respiratórios persistentes, é aconselhável recorrer ao SNS 24 (808 24 24 24) ou consultar um médico. Em emergências, o número a contactar é o 112.

As partículas resultantes dos incêndios podem ser transportadas pelo vento a grandes distâncias, afetando zonas distantes da sua origem. Para consultar a qualidade atual do ar na região, visite: https://qualar.apambiente.pt/indices.

Face à situação crítica, de acordo com a autarquia, o Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil do Porto foi ativado esta terça-feira, 17 de setembro.

Fotografia: Filipa Figueira
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