
Esta quarta-feira, em comunicado, a Ascendi, concessionária da A41, admitiu que serão necessárias mais 16 semanas para repor as condições normais de circulação, lamentando “profundamente” as “dificuldades” e “incómodo”.
No mesmo dia, o autarca tinha exigido um “pedido de desculpas público” à população e, esta quinta-feira, pediu à empresa que pondere a possibilidade de se colocar provisoriamente uma ponte militar na autoestrada A41.
O objetivo desta medida, indica a autarquia, é minorar os problemas de impedimento de circulação nesta via estruturante do Grande Porto, evitando-se também os desvios para as vias municipais.
“Consideramos insustentável um tão longo período de impedimento do tráfego nos dois sentidos”, lê-se no pedido enviado por José Manuel Ribeiro à Ascendi.
O autarca conta que consultou vários especialistas, designadamente da Proteção Civil e Engenharia Militar a propósito desta solução, exortando agora a Ascendi para “com caráter de urgência” pedir uma reunião ao Chefe de Estado-Maior do Exército.
“Ainda que a uma velocidade muito reduzida, permitiria mitigar os problemas de impedimento de circulação nos dois sentidos”, acredita o presidente da câmara.
A demora na resolução da situação, que tem criado constrangimentos de tráfego, tem vindo a desencadear contestação dos utilizadores, bem como tomadas de posição de autarquias do Grande Porto e de partidos políticos.
Esta quarta-feira a câmara da Maia exigiu que o Governo determine a suspensão imediata das portagens no troço afetado pelo aluimento de pavimento na autoestrada A41, uma reivindicação semelhante à de Valongo que no mesmo dia tinha também tinha pedido a devolução dos valores cobrados aos utentes desde o dia 13 de fevereiro.
Os presidentes da Maia e de Valongo admitiram na última reunião do Conselho Metropolitano do Porto estar já a ser “preparada uma ação judicial para se exigir uma indemnização”.
No documento que remeteu às redações quarta-feira, a explicar o ponto de situação, a Ascendi lamentou “profundamente as acrescidas dificuldades de mobilidade e os incómodos que esta ocorrência fora da sua esfera de previsão vem causando aos utentes da A41 e às populações da zona envolvente”.