
Em causa estão as verbas do chamado Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano do Porto (PEDU) e a proposta de Valongo foi aprovada pelo PS, que governa a autarquia sem maioria, somando-se o voto favorável da CDU e a abstenção do PSD, partido que contestaram a forma como foi conduzido o processo.
O presidente da câmara, José Manuel Ribeiro, reconheceu que os 11 milhões de euros “são pouco face ao que Valongo desejaria”. Inicialmente, a autarquia teria apresentado uma candidatura para cerca de 45 milhões de euros.
“Tive de resignar-me porque, mesmo sendo menor do que gostaríamos, é uma verba muito importante porque os projetos a ela ligados vão revolucionar Valongo”, disse José Manuel Ribeiro.
O PSD e a CDU criticaram a forma como o processo foi conduzido pelos socialistas nem tanto junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), mas junto das freguesias, designadamente a “falta de diálogo”.
Na declaração de voto dos sociais-democratas também se lê que a proposta “enferma de diversas deficiências”, desde logo o facto de um dos instrumentos inerentes ao PEDU, as Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), não abranger outros ou mais freguesias para além de Valongo.
Sobre estas críticas, José Manuel Ribeiro garantiu que com a ARU de Valongo, que diz respeito ao chamado “eixo antigo da cidade”, está a “retirar da gaveta um projeto de vários mandatos” para reabilitar o centro do concelho e nega que não tenha ouvido autarcas e freguesias.