
A requalificação da mata junto ao Hospital Santos Silva, no Monte da Virgem, em Gaia, deve estar concluída nos próximos meses. O objetivo da intervenção é abrir o espaço ao usufruto por parte dos doentes mas também dos habitantes da zona envolvente.
Trata-se de uma área de sete hectares, essencialmente de pinhal, contendo árvores de outras espécies, entre as quais alguns sobreiros, que remonta ao tempo da instalação do antigo Sanatório D. Manuel II em terrenos doados para essa finalidade, no Monte da Virgem.
A área verde tem vindo a diminuir devido à requalificação e ampliação do hospital. E é no âmbito desta melhoria das condições da unidade que a administração do Centro Hospitalar Gaia/Espinho entendeu avançar também com o projeto do parque verde, noticia o jornal Público.
O objetivo da intervenção é abrir o espaço ao usufruto por parte dos doentes mas também dos habitantes da zona envolvente., explicou aquele diário Daniela Maia, do Serviço de Aprovisionamento do Centro Hospitalar Gaia/Espinho. O hospital tem entrada pela Rua Conceição Fernandes, mas quem vive nas várias urbanizações das suas traseiras até poderá aceder, através de um antigo portão, aos edifícios hospitalares através da mata, na qual vão ser sinalizados alguns percursos em terra batida.
Neste momento estão a ser identificadas, com placas, as espécies arbóreas mais relevantes. Também está a ser efetuada a reabilitação de uma nascente de água, para criação de um lago no parque que rodeia o pavilhão masculino do antigo sanatório, inaugurado em 1947, quase quatro décadas depois de a sua criação ter sido ordenada pela Rainha Dona Amélia. Este edifício, tal como o pavilhão feminino, está atualmente ao serviço do centro hospitalar, albergando algumas valências, coabitando com as construções que ali foram erguidas após a transformação da propriedade e destes imóveis no Hospital Geral Central de Gaia, em 1975, refere o jornal.
A Câmara de Gaia aprovou na segunda-feira um protocolo no qual se compromete a colaborar com o projeto do Parque Verde. O apoio da autarquia acontecerá através da colaboração técnica do Parque Biológico de Gaia para a recuperação e manutenção das áreas florestais e dos jardins, pela oferta de plantas dos seus viveiros para reforço da vegetação autóctone e até pela cedência de mobiliário urbano (papeleiras, bancos, bebedouros e estruturas para exercício físico) que existam nos seus armazéns.
Quando a requalificação estiver concluída, a Câmara de Gaia compromete-se também a disponibilizar pessoal para a manutenção deste “novo” espaço verde e pretende ajudar a promovê-lo junto da comunidade local.
Segundo a responsável do centro hospitalar, o espaço florestal será também usado como parque terapêutico por várias valências da unidade, e servirá ainda para a realização de ações de promoção de estilos de vida saudáveis por parte da população.
Nelson Garrido