Depois de “saudade”, em 2020, os portugueses elegeram “vacina” como a palavra do ano de 2021, anunciou esta terça-feira a Porto Editora.
A palavra esteve a concurso ao longo de todo o mês de dezembro, ao lado de mais nove vocábulos, e reuniu a preferência de cerca de 15 mil portugueses, o que representa 45,4% dos votos.
Em comunicado, a promotora da iniciativa destaca que a vacinação contra a covid-19 marcou o ano passado, não só pelo “sucesso do processo que colocou Portugal num lugar cimeiro a nível mundial”, mas também porque “permitiu a redução do número de vítimas da doença e o alívio das restrições a que os portugueses foram sujeitos”.
A segunda e terceira palavras mais votadas pelos portugueses foi “resiliência” (30,5%) e “teletrabalho” (9,2%).
Seguiram-se “bazuca”, com 6,5% dos votos, “criptomoeda”, com 2,9%, “podcast” com 1,9% e “orçamento” com 1,4%.
As palavras que reuniram menos votos, ficando, assim, em oitavo, nono e décimo lugares foram, respetivamente, “mobilidade”, “apagão” e “moratória”.
No total, o concurso “Palavra do Ano 2021” recebeu cerca de 35 mil votos, o que, de acordo com a Porto Editora, demonstra a importância desta iniciativa que “reflete os principais acontecimentos e factos que marcaram o ano em Portugal”.
Através dela, a Porto Editora e a infopedia.pt pretendem “sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa”, acentuando, assim, “o poder das palavras, que refletem o quotidiano da nossa sociedade em cada ano”.
Recorde-se que a palavra “vacina” sucede a “saudade”, palavra eleita pelos portugueses em 2020, numa lista composta ainda por “esmiuçar” (2009), “vuvuzela” (2010), “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014), “refugiado” (2015), “geringonça” (2016), “incêndios” (2017), “enfermeiro” (2018) e “violência doméstica” (2019).
