
Investigadores e engenheiros dos consórcios MOSAIC e HIRES, nos quais está inserido o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), através dos seus pólos na Universidade do Porto e na Universidade de Lisboa, já começaram a definir as especificações dos espectrógrafos MOS e HIRES, que vão ser incorporados naquele que será o maior telescópio do mundo da próxima geração: o E-ELT (European Extremely Large Telescope) do European Souther Observatory (ESO).
Em comunicado, a U.Porto explica que o “HIRES (High Resolution Spectrograph) é um instrumento que irá observar, com grande precisão, objetos individuais no visível e no infravermelho. Permitirá procurar indícios de vida através da análise da atmosfera de exoplanetas, estudar a evolução de galáxias e identificar a primeira geração de estrelas que se formaram no Universo primitivo, ou determinar se as constantes do Universo variam ao longo do tempo”.
Através de rastreios de alta precisão de vastas áreas do céu, no visível e no infravermelho, o espectrógrafo MOS (Multi-Object Spectrograph, ou espectrógrafo multi-objetos) permitirá por sua vez a investigação da formação das primeiras galáxias e como estas se juntaram em estruturas maiores, como a Via Láctea, para além de possibilitar o estudo da distribuição da matéria normal e da matéria escura no Universo, ou como os exoplanetas se formam e evoluem.
Os contratos para os estudos de design e conceção destes instrumentos foram assinados nos passados dias 18 (MOS) e 22 (HIRES) de março.
O E-ELT já se encontra em construção no topo do Cerro Armazones (Chile) e deverá entrar em funcionamento em 2024.