As universidades portuguesas vão ter uma cativação de 10 milhões de euros, medida que, de acordo com o presidente de reitores, não se aplica a todas as instituições, razão que o leva a falar em “injustiça”, numa altura em que todas tentam sobreviver às dificuldades.
Em declarações à Lusa, António Rendas, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), informou, depois de uma reunião com dois secretários de estado do Ministério da Educação e Ciência (MEC), que, este ano, vai haver mais “uma cativação de 2,5%, que não incide sobre todas as universidades”. “Continuamos com uma situação aguda que diz respeito à viabilização do funcionamento das universidades até ao final do ano. E essa situação é mais preocupante porque as cativações não incidem sobre todas as universidades, uma vez que as fundacionais escaparam a essa cativação. Isso cria ainda mais assimetrias no sistema e tenho expectativas de que o ministério das Finanças possa corrigir esta injustiça”, salientou. Assim, segundo explicou o dirigente do CRUP, as universidades do Porto e de Aveiro assim como o Instituto da Universidade de Lisboa (ISCTE) não foram abrangidas pela medida porque têm um estatuto diferente (são universidades fundacionais), estando, por isso, “fora do sistema”. O reitor explicou ainda que a redução de 2,5% prevista no último orçamento retificativo representa cerca de 10 milhões de euros que serão cortados nos vencimentos do pessoal.