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Universidade do Porto oferece à cidade espaço emblemático da história da Química

Universidade do Porto oferece à cidade espaço emblemático da história da Química

A Universidade do Porto reabre esta terça-feira, 6 de abril, o emblemático Laboratório Ferreira da Silva, criado em 1910, que deve o nome ao químico Ferreira Silva, que no século XIX, com o chamado “Crime da Rua das Flores”, assinalou o arranque da Toxicologia Forense em Portugal. 

Em comunicado, a instituição revela que o equipamento, no Museu de História Natural e da Ciência (MHNC-UP), reabre com entrada livre para todo o público. “É com o requinte do estilo Art Déco de inícios do século XX que vamos reencontrar o Laboratório que nasceu em 1910 e onde muitas gerações de estudantes aprenderam com o «pai» da Toxicologia Forense”, sublinha. 

Recordando que, em 1882, Ferreira da Silva, membro da Sociedade de Química de Paris e colaborador da Câmara do Porto para o abastecimento de água à cidade foi chamado a criar, à imagem do seu congénere parisiense, o Laboratório Químico Municipal, a Universidade do Porto destaca que foram vários os “métodos inovadores nas áreas da química dos alimentos e da química forense” implementados. 

Vinte cinco anos depois, o laboratório encerrou portas, para dar lugar à Avenida dos Aliados. Com a demolição do edifício, o acervo de aparelhos, utensílios e a biblioteca foram confiados à Faculdade de Ciências da universidade portuense. 

“Hoje, é no Laboratório Ferreira da Silva, que podemos ver de perto alguns desses objetos, nomeadamente a caixa de alcaloides usada por Ferreira da Silva na investigação de casos como o de Urbino de Freitas”, assinala. 

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No total, serão cerca de 80 os objetos expostos, referentes aos finais do século XIX e inícios do século XX. Entre eles, destaque para “instrumentos científicos, frascos com produtos químicos, amostras minerais, utensílios de laboratório, livros e mobiliário”. 

De acordo com Fátima Vieira, vice-reitora para a área da Cultura e diretora do MHNC-UP, o objetivo é que o Laboratório Ferreira da Silva seja “um espaço vivo, como devem ser todos os espaços museológicos do século XXI. “Queremos recuperar a ideia dos Saraus Científicos do século XIX, utilizando o Laboratório como plataforma para a revelação e discussão de descobertas científicas recentes”, acrescentou, citada na nota divulgada. 

De acordo com a U.Porto, esta inauguração contempla ainda a criação de “um roteiro patrimonial de 300 anos de história da Química”, que começa na Universidade de Coimbra (último quartel do séc. XVIII), passa pela Universidade de Lisboa (finais do séc. XIX) e termina na Universidade do Porto (início do séc. XX).

A requalificação do espaço foi co-financiada pelo NORTE 2020 através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, com um investimento global aprovado de 2, 2 milhões de euros e um apoio de 1,8 milhões de euros.

Foto: U.Porto

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