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UEFA “tirou” Supertaça Europeia ao Porto

UEFA “tirou” Supertaça Europeia ao Porto

O presidente da Câmara do Porto revelou esta segunda-feira ter enviado uma carta à UEFA manifestando “surpresa e consternação” pelo facto de a autarquia ter tido conhecimento, pela comunicação social, de que o Comité Executivo da UEFA decidiu, unilateralmente, que a cidade do Porto já não seria o local de realização da 2020 UEFA Super Cup, que esteve agendada para o passado mês de agosto, entretanto adiada para esta quinta-feira, dia 24, em Budapeste.

A Câmara do Porto não foi “informada da decisão de transferir a Supertaça Europeia 2020 para Budapeste” e contesta o argumento da UEFA, anunciado em 17 de junho, de “que a Supertaça não se realizava no Porto por causa da pandemia”.

“Todos de acordo que ‘a cidade do Porto foi muito maltratada’ e que a ‘mentira’ invocada pela UEFA para sustentar o rompimento de um acordo estabelecido há mais de dois anos com o Município do Porto não pode passar em claro, tanto mais que a cidade, parte interessada, não foi sequer informada da decisão de transferir a Supertaça Europeia 2020 para Budapeste”, avança o portal de notícias da Câmara do Porto, adiantando que o Executivo Municipal está “solidário” com a posição de Rui Moreira, subscrevendo a missiva, que exige a “reparação dos prejuízos causados pela decisão, altamente lesiva para a imagem externa da cidade do Porto.

O assunto foi trazido à reunião de Câmara desta segunda-feira por Ilda Figueiredo, vereadora da CDU, “pois sentiu necessidade de comentar a carta que Rui Moreira enviou à UEFA a 16 de setembro, e sobre a qual o autarca deu conhecimento ao Executivo”, indica o portal de notícias da autarquia.

Segundo explicou Rui Moreira, a realização da competição desportiva na cidade estava acertada há dois anos.

“Estávamos portanto nós convencidos de que este ano iríamos organizar em agosto [a Supertaça Europeia], mas se não fosse possível, por causa dos calendários internacionais, em setembro ou outubro que ela se viesse a realizar”, disse.

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Ainda no primeiro semestre de 2020, Portugal candidatou Lisboa à realização da Final da Liga dos Campeões, relembrou o autarca. “Coisa que a nós não nos dizia respeito nem nos tínhamos de pronunciar sobre ela”, disse Rui Moreira. “O que já não me parecia razoável é que, como moeda de troca, sem que tivéssemos sido ouvidos pela UEFA ou informados pela Federação, por causa da Final da Liga dos Campeões em Lisboa, a Supertaça já não pudesse ser no Porto. E ainda me disseram que se calhar agora só em 2023”, declarou o presidente da Câmara do Porto.

Depois da cerimónia oficial do anúncio da final da Liga dos Campeões em Lisboa, segundo o Porto o presidente da Federação Portuguesa de Portuguesa justificou ao autarca que a realização da 2020 UEFA SUPER CUP no Porto já não se poderia efetivar, por ser concomitante com a organização da final da UEFA Champions League. Mas que haveria o compromisso de se realizar em 2022 ou 2023, uma vez que 2021 já existia acordo com outra cidade europeia.

Para Rui Moreira, “o pior surgiu quando fomos verificar os argumentos que a UEFA invocou para que o evento não fosse organizado na cidade do Porto”. “A 17 de junho, quando os números de novos casos por Covid-19 eram, segundo os boletins das autoridades de saúde, inexistentes na cidade, ‘a UEFA disse, na sua página oficial, que a Supertaça não se realizava no Porto por causa da pandemia’”, reproduziu o autarca, citado pelo Porto.

“Considero isso absolutamente inaceitável, contribui para o desrespeito para com a cidade do Porto e, além disso, é mentira”, afirmou Rui Moreira.

O autarca disse ter “aguardado pacientemente uma resposta oficial da entidade”, tendo agora dado o tempo por esgotado e escreveu à UEFA exigindo que perante esta atitude “incompreensível” e pela “notória falta de fundamento justificativo” para a alteração, a cidade do Porto, “como cidade anfitriã”, que alocou recursos financeiros e humanos à organização de mais este evento desportivo, não deixará de “reclamar a reparação de todos os prejuízos que lhe estão a ser causados com esta decisão”, pode ler-se na carta. 

“Em Géneve [na Suíça, país em que está a sede da UEFA] há tribunais”, acrescenta a missiva.

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