António de Sousa Pereira, Reitor da Universidade do Porto, dirigiu esta segunda-feira uma mensagem à comunidade académica, onde recomendou que a modalidade de avaliação a aplicar para cada unidade curricular lecionada na instituição seja comunicada aos estudantes até ao final da presente semana.
Segundo aponta o portal de notícias da U.Porto, a recomendação do Reitor surge na sequência da decisão do Governo em retomar, de forma faseada, as atividades nas universidades a partir de 4 de maio.
Serão criados grupos de trabalho em cada faculdade da U.Porto para, de acordo com a especificidade de cada uma, “planear o retorno das atividades letivas cumprindo com um conjunto de regras que salvaguardem a saúde de todos”.
“Ainda assim, não obstante a autonomia de cada faculdade, o Conselho Coordenador da Melhoria do Ensino-Aprendizagem da U.Porto (CCMEUP) – órgão onde estão representados docentes, investigadores e estudantes de todas as faculdades – elaborou na sua reunião de 17 de abril algumas recomendações a serem tidas em conta por todas as unidades orgânicas da Universidade do Porto”.
“As aulas à distância continuarão a ser o meio preferencial de ensino-aprendizagem até ao final de semestre, cabendo a cada faculdade definir as modalidades a adotar nas atividades letivas em que tal não seja possível, nomeadamente as requeiram meios laboratoriais ou de ensino clínico”, lê-se no portal da U.Porto.
No que diz respeito à avaliação, caberá aos docentes o estabelecimento das “unidades curriculares que poderão optar pela avaliação distribuída sem exame final e aquelas que terão, necessariamente, exame final”, devendo ser especificados quais os exames que “terão de ser realizados presencialmente e os que poderão ser realizados a distância”. De todo o modo, é aconselhado aos docentes que “tenham em atenção as condicionantes do ensino-aprendizagem no contexto de pandemia Covid-19 nas avaliações relativas a este semestre”.
O Reitor da U.Porto salienta que a realização de atividades letivas presenciais deverá, antes de mais, respeitar todas as recomendações emitidas pelas autoridades de saúde, sendo determinante que “se criem as condições para que docentes e estudantes conheçam previamente (e sintam estarem cumpridas) as condições de segurança e higiene que lhes deem a tranquilidade possível para a realização das provas”.
O CCMEUP recomenda ainda “não prolongar o calendário letivo para além dos primeiros dias de junho, devendo as avaliações regulares estar concluídas até 31 de julho, sempre que possível”, sendo que setembro continuará a ser a época de conclusão dos ciclos de estudos.
Exceção para as dissertações de mestrado que, “em situações devidamente fundamentadas”, poderão ser entregues até ao final de outubro ou primeira semana de novembro, desde que se possa garantir a defesa pública até dezembro. Os estudantes de doutoramento já dispõem da possibilidade de recurso, em situações excecionais (como é o caso), a um período adicional de 90 dias para entrega da tese sem propinas adicionais.
Os estudantes internacionais de grau que se retiraram de Portugal durante este período e que necessitem de realizar avaliação presencial, esta deverá ocorrer nos inícios de setembro. Já os estudantes internacionais de mobilidade, poderão realizar as suas avaliações a distância.
“Esperamos, com esta metodologia dar oportunidade de toda a Universidade se envolver nas decisões tomadas, de forma a minorarmos os problemas que esta situação excecional a todos nos tem colocado”, remata o Reitor da Universidade do Porto.