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Tulipeiro do Porto classificado como “árvore de interesse público”

Tulipeiro do Porto classificado como “árvore de interesse público”

O tulipeiro-da-virgínia, situado no jardim do Palacete do Visconde de Villar de Allen, foi classificado como “árvore de interesse público” pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Em causa está um exemplar da espécie Liriodendron tulipifera L, com 7,75 metros de perímetro na base, 31 metros de altura e 29 metros de diâmetro médio da copa. Os fatores em causa contribuíram para a classificação deste arvoredo, cujo despacho teve efeitos na última quinta-feira, 14 de outubro.

“Apresenta uma arquitetura natural e equilibrada, uma copa frondosa e com a singularidade de alguns dos seus ramos inferiores penderem até solo e aí apresentarem um desenvolvimento horizontal”, salienta o ICNF, de acordo com informação avançada pela Câmara Municipal do Porto, que propôs o requerimento para a classificação do tulipeiro-da-virgínia.

Entre os vários “elogios”, o instituto destaca ainda que o exemplar apresenta um “elevado valor visual pela sua dimensão, forma e invulgaridade das suas folhas e flores”, o que adiciona “valor cénico ao jardim e ao Palacete do Visconde de Villar de Allen”, cumprindo, assim, “o parâmetro de apreciação valorização estética do espaço envolvente e dos seus elementos naturais e arquitetónicos”.

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O ICNF determina que a zona geral de proteção desta árvore seja ampliada, “excecionalmente, com um raio de 25 metros a contar da base do exemplar classificado, atendendo às suas dimensões e localização”.

De acordo com o despacho, a classificação do tulipeiro-da-virgínia torna proibida qualquer operação que possa causar dano, mutile, deteriore ou prejudique o estado vegetativo do exemplar classificado, nomeadamente “o corte do tronco, ramos ou raízes”, assim como “a remoção de terras ou outro tipo de escavações na zona geral de proteção”.

Note-se que a Casa Allen, atualmente afeta à Direção Regional de Cultura do Norte, foi mandada construir, nos últimos anos da década de 1920, pelo 3º Visconde de Villar d’Allen para sua residência. O projeto para a casa de habitação de Joaquim Ayres de Gouveia Allen, engenheiro de formação e cônsul da Bélgica no Porto, foi concebido pelo arquiteto José Marques da Silva.

Anos mais tarde, em 1991, foi construída, nos jardins da Casa Allen, a Casa das Artes, projeto de Eduardo Souto Moura.

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