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Tudo o que pode ver no Batalha nos próximos meses

Tudo o que pode ver no Batalha nos próximos meses

Várias retrospetivas, ciclos temáticos e até filme-concertos é o que pode esperar da programação do Centro Cinema Batalha para o ano 2023.

A primeira retrospetiva, referente aos trabalhos de Melvin Van Peebles, considerado “pioneiro do cinema independente afroamericano e do movimento da Blaxploitation”, será exibida entre os dias 3 e 16 de fevereiro.

Segue-se, de 9 a 23 de fevereiro, a retrospetiva dedicada ao autor portuense, André Gil Mata, que contará, ainda, com a antestreia nacional da curta-metragem “Pátio do Carrasco”, realizada este ano, uma adaptação do conto “Um Fratricídio” de Franz Kafka.

No mês de março, o destaque vai para a retrospetiva da obra do realizador Zacharias Kunuk, estreia em Portugal, que acontece entre os dias 11 e 26. “Pioneiro na realização de cinema inteiramente falado na língua inuíte, o cineasta, premiado em Cannes, explica, através dos seus filmes, as tradições desta cultura e especula sobre os seus ritos e mitologia no tempo atual”, lê-se na notícia avançada pela Ágora.

Entre os dias 8 e 31 de março, é exibido o novo ciclo temático: Domesticidade(s). Uma observação sobre o conceito de “casa” que “aborda o espaço doméstico a partir das diferentes vivências que nele podem ocorrer”. O ciclo integra obras cinematográficas de Chantal Akerman, Pedro Almodóvar, Ousmane Sembène, Jafar Panahi, Martha Rosler, Dóra Maurer, Fronza Woods, Catarina Alves Costa e Susana Nobre, entre outros.

Serão, também, apresentadas duas longas-metragens, que “cruzam música, dança e cinema de ação” e foram produzidas numa das maiores indústrias de cinema no sul da Ásia, Dhallywood. A escolha das obras são provenientes do projeto “Vizinhos”, e resultaram de uma série de “visitas, inquéritos e encontros com a população Bengali e a Associação Comunidade do Bangladesh”. O Dia da Língua Materna, “data com especial interesse histórico para a cultura e língua Bengali”, será celebrado num evento que contará com a entrega dos Prémios Interculturalidade 2022, e acontece a 21 de fevereiro no Batalha.

O ciclo “Lua Nova” de fevereiro será dedicado ao cinema de animação, com as cineastas portuguesas Alexandra Ramires e Laura Gonçalves. Já o de março, apresenta as obras da artista portuense Helena Estrela.

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A filmografia do “primeiro coletivo de cinema indiano fundado e constituído exclusivamente por mulheres”, Yugantar Film Collective, será transmitida a 19 de março. Um conjunto de curtas-metragens, filmadas “em contexto laboral ou familiar nos anos 80”, que colocam em perspetiva “o papel da mulher trabalhadora indiana”.

No dia 22 de março, é a vez do filme-concerto “Os Faloreiros” subir ao palco do Batalha. O filme, considerado uma “raridade do cinema mudo português”, produzido sob a direção do realizador francês Maurice Mariaud em 1922, contará com a atuação ao vivo do quarteto de cordas The Arditti Quartet.

Até março, o programa “Seleção Nacional”, tributo ao cinema português, permanece com Constelação #1, “que revisita as décadas de 80 e 90 da sociedade portuguesa”. Sucede-se Constelação #2: El Dorado, que “dá enfoque à problemática relação do cinema português com África” e será exibida a partir desse mês.

Aos domingos, as Matinés do Cineclube permitem um regresso ao passado onde será possível recordar “a história do Cineclube do Porto e o seu percurso até à sessão inaugural no Batalha, em novembro de 1947”. As sessões acontecem entre fevereiro e março, quinzenalmente.

A 14 de março, é inaugurado o ciclo “A Minha História de Cinema”, com a estreia nacional do filme “A Letter from Yene”, de Manthia Diawara, e contará com uma palestra e conversa com a autora.

Já entre os dias 10 de fevereiro e 23 de abril, a Sala-Filme e os foyers do Batalha recebem a exposição “Pedro Huet: Croma, o sono”. Será a primeira mostra a solo do artista portuense num “centro de arte”.

Os bilhetes encontram-se à venda online e na bilheteira do Batalha Centro de Cinema.

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