Acerca do transporte público de passageiros no Ramal da Alfândega, Rui Moreira pronunciou-se acerca das suas dificuldades. No entender do presidente da Câmara do Porto, estas advêm de “problemas técnicos”.
“Há problemas técnicos complicados que ainda estão a ser avaliados, nomeadamente a questão dos túneis, que tem uma bitola e altura que não é fácil para transporte público” – refere o autarca, citado pelo Porto Canal.
O próprio deu ainda conta que, de momento, estão a acontecer avaliações sobre o “encaixe” da linha de alta velocidade em Campanhã. Como refere Rui Moreira, o momento é de tentar perceber o “desenho da alta velocidade”.
Isto porque “a última coisa que gostaríamos era de estar a fazer ali uma ligação que depois viesse a ser destruída pela alta velocidade porque a ideia é que ele [o transporte público] chegue a Campanhã”, segundo o líder do município portuense.
Rui Moreira esclareceu também que os avanços da obra no Ramal da Alfândega já não vão acontecer no seu mandato, sendo que o próximo executivo municipal terá em mãos a decisão sobre o que irá acontecer no local.
Recorde-se que este percurso estabelece ligação entre Campanhã e Miragaia e já não está ativo desde 1989. Sobre a sua reativação, a STCP chegou a fazer um estudo onde deu conta que o valor gasto na recuperação poderia rondar os 22 milhões de euros.
O mesmo estudo da empresa de transportes portuense indicou também que a “procura potencial” rondaria os 2800 passageiros por dia e cerca de 1 milhão de passageiros por ano.
