Investigadores da Universidade de Coimbra vão iniciar esta semana os trabalhos na cripta descoberta na Igreja dos Clérigos, para tentarem descobrir se uma das sepulturas ali existentes é a do arquiteto italiano Nicolau Nasoni. De acordo com Eugénia Cunha, do departamento de Ciências da Vida do estabelecimento de ensino superior, a tarefa é “muito mais complexa do que aquilo que se previa”, tendo em conta que existem “pelo menos 20 corpos” na cripta, alguns de homens.
Em dezembro do ano passado, quando se encontrou a cripta, a Irmandade dos Clérigos mencionou a existência de pelo menos dez corpos, sendo que, depois de uma primeira avaliação dos investigadores de Coimbra no local, o número duplicou. A responsável referiu ainda que, além de existirem mais sepulturas, “a qualidade do ar [na cripta] é má”, porque “há uma grande carga fúngica”, o que dificulta também o trabalho. Nicolau Nasoni projetou, há mais de 200 anos, a Igreja dos Clérigos e a torre anexa, de 76 metros de altura com uma escada em espiral com 240 degraus, que é considerada o ‘ex-líbris’ da cidade do Porto.
