Os funcionários do Círculo Universitário do Porto (CUP) lamentaram esta terça-feira a ausência de um esclarecimento em relação ao futuro, numa altura em que estão com três meses de salários em atraso. A associação sem fins lucrativos, situada num edifício cedido, “a título precário”, pela Universidade do Porto, foi constituída em 1989 com o objetivo da “prossecução de fins culturais, a promoção do encontro e convivência dos docentes universitários, o intercâmbio entre a U.Porto e outras universidades”, contando com uma direção encabeçada pelo reitor da instituição de ensino superior portuense.
Em declarações aos jornalistas, Sebastião Feyo de Azevedo, atual reitor da U.Porto, explicou, contudo, não ter qualquer “responsabilidade” nesta situação, argumentando que se trata de um órgão privado, cujos membros pagam uma jóia e consequentes quotas. O responsável realçou ainda que “a universidade ou a reitoria não têm rigorosamente nenhuma função interna no CUP”. Francisco Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, defendeu, por sua vez, que o reitor “abandonou completamente estes trabalhadores, 10 famílias, deixou-as ficar sem salários”. O responsável alertou ainda para a possibilidade de o CUP vir a ser encerrado no final desta semana, algo que, para o sindicalista, seria a “prática de um crime”.