O presidente da Irmandade dos Clérigos, Américo Aguiar, declarou que, “por razões de segurança, é necessário encerrar a Torre” durante cerca de duas semanas. Considerada com um ex-líbris da cidade do Porto, as obras no monumento visam “dar mais segurança a quem a visita”, e irão também permitir aos turistas ter uma melhor visibilidade sobre a cidade e perceberem, através de leitores de passagem, quais os edifícios que dali se conseguem visualizar.
As obras irão consistir na colocação de um piso alterado, “para que os visitantes passem a ter o parapeito das varandas da Torre não ao nível do queixo, como atualmente, mas mais abaixo”.
“Muitos turistas chamaram-nos também a atenção para o problema do espaço grande que existe nos balaustrados da varanda da Torre, pelo que foi decidido colocar um sistema que vai dividir [aquela extensão] e impedir, por exemplo, que uma criança consiga ali passar”, acrescentou Américo Aguiar.
A empreitada prevê ainda “a colocação nos parapeitos de leitores de passagem”, um sistema que vai dar ao turista “o perfil da cidade do Porto, através da catalogação dos edifícios e monumentos” que do alto da Torre se avistam.
Américo Aguiar garantiu que, após a empreitada, “a Torre reabre com mais segurança e valências”.
As obras nos Clérigos representam um investimento total de 2,6 milhões de euros, comparticipados em 1,7 milhões pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), cabendo os restantes 800 mil à Irmandade dos Clérigos, com recurso a financiamento do programa Jéssica.
Considerada como um símbolo da cidade, a Torre dos Clérigos, com 75 metros de altura, é uma marca arquitetónica de Nicolau Nasoni que foi classificada como monumento nacional em 1910.